O consumo de energia no Brasil subiu 2,6% na primeira quinzena de julho. É o que indica os dados preliminares de medição coletados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que também mostram crescimento de 2,4% na geração de energia elétrica no país na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam no boletim InfoMercado Semanal Dinâmico da CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

Até o dia 15 de julho, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN atingiu 58.617 MWmédios, índice 2,6% superior ao montante consumido no mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) o consumo subiu 2,3%. Caso esse movimento fosse desconsiderado, o aumento seria de 3,4% no consumo. Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, o consumo registrou incremento de 3,5%, havendo aumento de 1% caso o movimento dos agentes fosse desconsiderado na análise.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela Câmara, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos químico e de metalurgia e produtos de metal foram os únicos com incremento no consumo, quando a migração é desconsiderada, com 6,7%, 3% e 2,5% respectivamente. Por outro lado, a indústria têxtil de serviços e de manufaturados diversos apresentaram índices reduções no consumo dentro do mesmo cenário: 5,8%, 2,3% e 1,7% respectivamente.

A geração de energia no Sistema chegou a 60.726 MW médios, índice 2,4% superior à produção de energia no mesmo período de 2017. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, caiu 2,5%, enquanto a produção de eólicas e térmicas cresceu 11,1% e 10,6%, respectivamente.

O Boletim também apresenta a estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, que em julho ficou equivalente a 61,3% de suas garantias físicas, ou 37.102 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 67,7%.