A INB – Indústrias Nucleares do Brasil, responsável pela fabricação do combustível que abastece as usinas nucleares brasileiras, acaba de alcançar um novo recorde no tempo de produção da 24ª recarga de Angra 1, finalizando o processo em apenas 106 dias, o que totaliza uma redução de um mês e quatro dias em relação à produção anterior.

Os resultados obtidos fazem parte da meta da empresa em gerar capacidade para produzir as recargas de Angra 1, 2 e 3 dentro da janela de um ano, além de realizar as chamadas Grandes Revisões, uma checagem de todos os equipamentos antes do início de um novo ciclo de produção.

Apesar de Angra 3 ainda estar em construção, a companhia trabalha para garantir a capacidade de produção para abastecer o futuro reator, estabelecendo metas mais arrojadas na produção dos elementos combustíveis.

A recarga é o processo de reabastecimento de uma usina nuclear por meio da substituição de elementos combustíveis descarregados por novos. Estes elementos são estruturas metálicas, com até 5 metros de altura, formados por um conjunto de tubos, chamados de varetas, que recebem as pastilhas de urânio enriquecido. A próxima etapa após a produção é o transporte até as usinas.

“Embora a Eletronuclear tenha adiado o transporte da recarga para novembro, a INB manteve o objetivo de fazer a produção no menor tempo possível”, informou Marcelo Sobral, superintendente de Produção do Combustível. De acordo com Marcelo, é fundamental alcançar estas metas para as recargas das usinas nucleares. “Temos que nos preparar para atender a essa demanda futura e, por isso, estamos diminuindo o tempo de produção”, concluiu.

A previsão de início para a próxima produção é para outubro, com de 120 dias para a 15ª recarga da usina Angra 2.