Após uma queda de 6,24% em  maio, o Índice Comerc Energia de junho registrou um leve crescimento de 0,69% quando comparado a junho de 2017. Esse indicador reflete a retomada da expansão em cinco segmentos dos 11 monitorados. O destaque ficou com Veículos e Autopeças, cujo crescimento foi de 12,44%, seguido por Embalagens com  9,38%. No sentido contrário estão as indústrias Têxtil, de artigos de Couro e de Vestuário que respondem pelo segmento de maior queda no consumo, com 5,30% e Siderurgia e Metalurgia, queda de 4,22%.
No acumulados dos seis primeiros meses do ano o índice está no campo positivo com crescimento do consumo industrial em 1,12% quando comparado ao período de janeiro a junho de 2017. Nesse período o destaque positivo ficou com abril quando houve expansão de 7,43% e janeiro com 4,02%.

Variação do consumo por segmento da indústria

O presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos, lembrou que o mês de maio foi atípico devido à greve dos caminhoneiros que afetou fortemente o consumo de energia em boa parte das indústrias. Mas que este resultado de junho indica uma tendência à normalização, com cinco segmentos apresentando alta no consumo, cinco com queda e Eletromecânica sem qualquer alteração em relação a este mês em 2017.

Segundo análise da Comerc, o consumo no mês de junho em relação ao mês de maio de 2018 evidencia que o aumento foi praticamente generalizado: nove de onze categorias registraram um maior uso de energia. O segmento de Alimentos, que consumiu 11,09% a mais no mês de junho em relação a maio, liderou o ranking. Esse aumento, avaliou Vlavianos, sugere que o setor tenha se desdobrado para repor o estoque de seus clientes, buscando recuperar os dias de produção perdidos durante a paralisação dos caminhoneiros.
Já a queda sofrida pelo segmento de Comércio e Varejista, de 5,09%, pode ser explicada pela redução no uso do ar condicionado no varejo. O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1.600 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 820 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre.