O ministro de Minas e energia, Moreira Franco, confirmou nesta segunda-feira, 30 de julho, que vai se reunir com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro para entre outros assuntos, deliberar sobre a parada para manutenção na plataforma de Mexilhão. Essa parada terá como consequência a interrupção do acionamento de térmicas da Petrobras em pleno período seco, o que pode trazer mais custos para o consumidor. “É um apelo em benefício da sociedade inteira, ver se é possível em vez de fazer agora, que é o momento crítico, que se faça depois”, avisou o ministro, que participou de solenidade de autorização para a implantação da usina UTE GNA Porto do Açu III (RJ -1.673 MW), no Rio de Janeiro (RJ).
Moreira disse ainda que o pedido não seria feito pelo fato da Petrobras ser uma empresa estatal, mas sim em função do panorama hidrológico atual, de baixas vazões. Ele lembrou que a Petrobras agia dentro da lei e que a parada não era ilegal. Ele vai pedir para que a parada para manutenção seja adiada por um ou dois meses para que até lá a situação hidrológica esteja melhor. O ministro descartou qualquer tipo de auxílio financeiro por parte do governo para cobrir eventuais aumento nos custos do consumidor.
A parada para manutenção da plataforma de mexilhão já estava prevista e vinha sendo estudada pela Petrobras desde 2016. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, não haverá problemas no abastecimento, já que o período é de carga baixa e as eólicas estarão gerando com intensidade.