Buscando elevar os índices de eficiência de seus empreendimentos, a EDP Brasil implementou medidas voltadas à redução do consumo de água e de reuso dos efluentes gerados pela termelétrica Pecém, localizada em São Gonçalo do Amarante (CE). Com a iniciativa, 23% do resíduo produzido – o equivalente a 20 mil metros cúbicos por mês – deixaram de ser descartados, fazendo parte agora do processo de geração da usina.

O projeto conta com um aporte anual de R$ 1,2 milhão, sendo 66% bancado pela EDP e 33% pela Eneva – empresa que tem participação na produção de Pecém II. O reaproveitamento e tratamento de efluentes foi realizado por um sistema de clarificação da água moderno e compacto. Até o fim do ano, a meta da companhia é praticamente triplicar o volume recuperado do recurso, passando de 20 mil para mais de 57 mil metros cúbicos mensais.

Outra inovação foi a implantação de um sistema de alta tecnologia, inédito no país, destinado ao tratamento da água de recirculação das torres de resfriamento, a fim de aumentar os ciclos de concentração de 3,5 para 12 vezes, e reduzir a necessidade de descarte e reposição de água. A iniciativa gerou, ainda, uma redução de até 80 mil metros cúbicos por mês no consumo hídrico do sistema de resfriamento da UTE. No total, a companhia informou ter alcançado uma economia de 100 mil metros cúbicos mensais.

A redução do consumo de água é uma prioridade para a usina desde o início das suas atividades, em 2012. “A UTE Pecém é uma das mais eficientes do País. Por conta disso, todos os anos investimos em ações para reduzir o consumo de água, diminuindo o impacto no meio ambiente”, explicou Lourival Teixeira, diretor técnico da térmica. Segundo a empresa, a água economizada desde a implementação dos projetos seria suficiente para abastecer, durante seis meses, uma cidade com cerca de 48 mil habitantes.

As unidades geradoras de Pecém, de posse do grupo EDP, têm capacidade de produção de 720MWh, equivalente a 45% da energia consumida em todo o estado do Ceará.