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Em agosto, o eBus, ônibus elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina vai completar 80 mil quilômetros de viagens entre o Campus Central e o laboratório Sapiens Parque. O veículo movido a energia solar é abastecido com a energia gerada por placas que estão na cobertura do laboratório Sapiens Parque. Com investimentos de R$ 1 milhão, o projeto é coordenado pelo professor Ricardo Rüther, da UFSC. “Foi uma iniciativa que resultou da nossa necessidade de deslocar a equipe de alunos e pesquisadores do campus central até o laboratório”, explicou o professor, que participou de workshop de mobilidade elétrica promovido pela agência de cooperação técnica alemã GIZ, na última terça-feira, 31 de julho, em São Paulo.
O professor conta que o projeto começou em dezembro de 2016 e veio de uma iniciativa da necessidade de transportar as equipes até o laboratório, que fica 25 quilômetros distante do campus. De acordo com Rüther, como a energia gerada pelo telhado solar é maior que necessária, ela abastece os veículos. Ele conta ainda que o ônibus possui algumas particularidades em comparação a outros veículos, como internet wi-fi e mesas para trabalhar, além de ninguém viajar em pé. “Isso faz com que o tempo de deslocamento vire tempo de trabalho”, avisa. A viagem dura pouco mais de meia hora.
O custo do ônibus elétrico em função da sua escala de produção é na opinião do professor o maior entrave para a massificação desse tipo de veículo no país. Segundo o professor, o custo do ônibus elétrico é três vezes superior a um movido a diesel. Mas em compensação ele ressalta que o custo de rodagem do ônibus elétrico é um quarto menor que o convencional. “Ao longo dos anos é que ele vai se pagar, não é um problema econômico. Se eu dispuser de capital para fazer o investimento, eu consigo mostrar que ele custa mais barato no longo prazo que o convencional”, aponta.
Ônibus da UFSC faz cinco viagens por dia
O veículo, que faz cinco viagens por dia, faz parte de um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele tem autonomia de 70 quilômetros e emissão zero de gás poluentes. Outro detalhe do eBus é que ele tem frenagem regenerativa, que permite a recuperação de 30% da força durante o processo de frenagem. O destino de ser utilizado por nichos de frotas é bem possível para o ônibus da UFSC, na opinião do coordenador do projeto. Entidades como Sesc, Sesi e Senai tem sondado o projeto. Outras universidades também vêm demonstrando interesse em ter o veículo.
*O repórter viajou a convite da GIZ