A Petrobras deverá comunicar com antecedência ao Ministério de Minas e Energia paradas preventivas de plataformas e gasodutos que possam ter impactos sobre a operação do setor elétrico. A medida foi discutida nesta quarta-feira, 1º de agosto, na reunião mensal do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, após a discussão envolvendo a parada para manutenção da plataforma de Mexilhão.

O ministro Moreira Franco chegou a anunciar na ultima segunda-feira, 30 de julho, que iria solicitar à estatal o adiamento da manutenção da plataforma, que resultou na paralisação de usinas termelétricas a gás. Moreira Franco mudou de ideia após encontro na terça-feira, 31, com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro. O executivo apresentou razões técnicas para justificar porque não seria possível postergar a parada temporária da instação.

Em nota divulgada após a reunião de hoje do CMSE, o ministério informou que a estatal foi convidada a participar das reuniões mensais do Comitê. Em anos recentes, no entanto, o próprio governo afastou a Eletrobras dos encontros mensais do colegiado, após chegar à conclusão que não havia justificativa para a participação da empresa nessas reuniões.

Na nota, o CMSE afirma que a Petrobras apresentou a programação de manutenção da plataforma para o período de 24 de julho a 6 de setembro. O trabalho de adequação da instalação de petróleo, que está sendo realizado gradualmente desde agosto do ano passado, segundo a estatal, vai ampliar a capacidade de escoamento do gasoduto. A Petrobras disse que foram adotados procedimentos adicionais para  reduzir o tempo de interrupção do fornecimento de gás para as usinas.