A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT), a Engie e a Weg anunciaram uma parceria com o objetivo de desenvolver o Programa Indústria Solar MT. A ideia é incentivar indústrias mato-grossenses e seus colaboradores a investirem na autogeração de energia solar. O acordo é um dos pilares do Programa da Energia Sustentável da Indústria (PESI), uma iniciativa da federação que busca oferecer soluções confiáveis de geração de energia e também de consumo eficiente para a indústria.
“Nosso objetivo é aumentar a competitividade do setor na região, incentivando o industrial a atuar sobre uma das questões que mais afetam o setor no estado, já que temos um dos mais altos custos de energia do país”, comentou o presidente do Sistema FIEMT, Jandir Milan.
O Mato Grosso conta com 11 mil indústrias que, segundo um estudo da Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), estão entre as que pagam as mais altas tarifas de energia elétrica do país, oscilando entre os primeiros lugares do ranking dos mais altos preços. “O Programa Indústria Solar MT apresenta-se como alternativa bastante atrativa para as empresas mato-grossenses, pois oferece aos industriais a solução solar conjugada com um cardápio de opções de financiamento que viabilizam o negócio”, explicou Rodrigo Kimura, diretor de Operações da Engie Geração Solar Distribuída.
A empresa atua em parceria com a Weg no fornecimento dos equipamentos e na implantação do Programa tanto em Mato Grosso como em Santa Catarina, estado em que o Programa Indústria Solar foi pioneiro por meio de uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
O Programa oferece ao todo sete modelos de geradores fotovoltaicos, sendo quatro industriais e três para uso residencial – já que o programa também vai beneficiar profissionais da indústria – que podem ser customizados de acordo com as necessidades do cliente. Os preços diferenciados e as condições especiais de financiamento tornam o investimento autofinanciável, uma vez que o valor da parcela do financiamento ficará próximo ou igual ao valor da fatura da energia elétrica.
“Os cálculos das ofertas do Programa são feitos de maneira a equacionar os valores. Assim, o que é economizado na fatura da energia elétrica servirá para pagar a parcela do financiamento, gerando pouco impacto no fluxo de caixa das empresas”, explicou Kimura. As empresas afiliadas aos sindicatos associados à FIEMT têm desconto ainda maior nos preços.
Ao investir em um sistema fotovoltaico para gerar a própria energia, o empresário pode chegar a economizar até 96% no valor da fatura de energia. “Ao final, quando tiver quitado o empréstimo, a empresa terá a energia praticamente de graça, já que o custo de manutenção das placas é baixo, restringindo-se à limpeza e manutenção das estruturas”, assinalou Kimura. Além disso, a geração própria de energia protege o investidor em relação às altas no preço da energia, visto que, ao adquirir um sistema fotovoltaico é como se empresário fizesse um estoque de uma determinada quantidade de energia que será fornecida constantemente pelo período de 25 anos – prazo de garantia das placas fotovoltaicas. Assim, vai sempre dispor daquela quantidade pelo valor pago no investimento, não ficando sujeito às variações de preço.
As inscrições para o Programa Indústria Solar MT terão prazo de duração de três meses, período no qual tanto empresas quanto pessoas físicas poderão se cadastrar pelo site www.programaindustriasolarmt.com.br. O interessado deve inserir os dados e anexar uma cópia da fatura de energia elétrica. Uma vez aceita a proposta preliminar, o passo seguinte é a etapa de avaliação técnica, quando é levada em consideração a localização da futura usina solar, de preferência voltada para o Norte e livre de sombras, além da análise sobre o nível de consumo de energia e a potência recomendada. Os módulos fotovoltaicos possuem garantia de performance de 90% nos primeiros 12 anos e 80% em 25 anos.