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A Celpa inaugurou seu novo Centro de Operações Integradas – COI, na sede da empresa, localizada na Rodovia Augusto Montenegro (PA). O espaço passa a funcionar em um prédio de 232 metros quadrados junto ao bloco administrativo, com instalações modernas e ambiente totalmente remodelado. A iniciativa é o último passo do projeto de integração de todos os processos relacionados as operações no sistema elétrico da distribuidora paraense, com o Centro passando a ser o responsável por monitorar e agilizar todas as demandas e ocorrências do estado.

De acordo com o presidente da concessionária, Nonato Castro, a inovação deverá proporcionar maior comodidade aos colaboradores que atuam na área de operação, refletindo no atendimento ao cliente. “Quando oferecemos tecnologia mais avançada e uma estrutura de ponta para esses especialistas desempenharem suas funções, também pensamos no reflexo dessas ações nos clientes. Essa é a nossa busca constante por oferecer um serviço com qualidade acima do ideal”, comentou o presidente.

Desde que a Equatorial assumiu a companhia no final de 2012, algumas medidas passaram a ser tomadas para reatualizar os diversos centros de operação ao longo do estado. Todos os procedimentos, fins operacionais e demais tecnologias foram uniformizadas, visando à conclusão da integração dos sistemas para este ano, trazendo todos centros operacionais para a capital Belém. “Só com as normas operacionais alinhadas, tecnologias de comunicação padronizadas e subestações informatizadas é que reunimos a condição necessária para a centralização”, comentou o Gerente de Operações da Celpa, Sérgio Valinho.

Do desenvolvimento até a finalização do projeto, a concessionária aplicou ao todo cerca de R$ 5,5 milhões, sendo R$ 2 milhões destinados apenas a reestruturação e ambientação do novo empreendimento. O restante foi direcionado às tecnologias de comunicação operacional com a equipe e ao processamento de dados do sistema, além da infraestrutura em geral. Ainda que não incluído nesse valor aplicado, houve também a necessidade de um considerável aporte para a adequação das subestações, que envolveu a modernização das proteções, troca de equipamentos e a automação dos processos.

No COI, as ações da área de Operações de Sistema funcionam de forma integrada, envolvendo a gestão do sistema elétrico ao longo de todo estado, inclusive com a gestão dos serviços técnicos e comerciais junto as equipes de campo. Na prática, essas atividades acontecerão de forma harmônica e ordenadas, permitindo maior agilidade para responder às ocorrências na rede e consequentemente diminuir os eventuais imprevistos causados pela demora no atendimento.

O novo sistema conta com uma base de dados georreferenciada, que ajuda a monitorar todas as 114 subestações e 22 usinas da concessionária. “Com essa tecnologia nós conseguimos visualizar, por meio de coordenadas geográficas, informações sobre a rede de distribuição e a posição geográfica dos clientes. Isso também garante o monitoramento em tempo real de praticamente todas as localidades do Estado”, explicou o Gerente de Operações, lembrando um dos desafios adicionais da empresa, que é atuar no segundo maior estado da federação em área territorial.

Sistema de comunicação com equipes de campo

 Uma das tecnologias aplicadas no COI é a nova plataforma de comunicação com as equipes de campo, que permite a transmissão de dados por meio de rádio, telefonia móvel ou via satélite em todo o estado. Com isso, as informações são despachadas às equipes através de computadores portáteis disponíveis nas viaturas, inclusive em áreas afastadas dos grandes centros, como nas zonas rurais dos municípios do Marajó, por exemplo.

“Fornecemos um aparato tecnológico de comunicação para nossas equipes que envolve tablet, rádio, GPRS, celular e também via satélite para os casos mais remotos. Temos alguns desafios na região, como um rio a atravessar e até locais de floresta nativa, onde a comunicação só chega via satélite”, destacou o Gerente de Operações.

Dentro do Centro, os profissionais ainda têm acesso ao sistema Georede que permite visualizar o mapa do sistema elétrico de todo o estado, sincronizados ao mapa do Google Earth, o que possibilita monitorar em tempo real as principais ocorrências relacionadas à falta de energia. De acordo com a companhia, a resposta vai ser mais eficaz para muitas situações. Como quando houver um problema em uma subestação que atende a uma cidade, haverá a possibilidade de verificar imediatamente e assim demandar mais rapidamente as equipes para o local do acontecimento.

Além da falta de energia, as principais ocorrências são a interrupção de fornecimento para clientes em situação de irregularidade, mudanças de padrão monofásico para trifásico e vice-versa, ligação de novos consumidores e dos inadimplentes que quitaram suas dívidas e a globalização de medição, que antes era dividida por diversas áreas da empresa, e agora passa a ser controlada por um único ponto, otimizando assim as demandas para as equipes de trabalho.

“O Centro consegue enxergar a rede, a demanda do cliente e a equipe. Com isso conseguimos aprimorar os trabalhos, através da melhor disposição e aproximação adequado da equipe no mapa da incursão, adequando o serviço atendido com a dificuldade do cliente”, definiu Sérgio Valinho, completando que a centralização dos processos serve para todas as demandas dos consumidores comerciais, sejam elas técnicas ou relacionadas ao fornecimento de energia.

Para ele, a Celpa vem investindo cada vez mais em tecnologia avançada e o novo COI evidência esse momento da distribuidora, que em 2012 era considerada a pior do país pela Aneel. “ Hoje estamos na 8ª posição como melhor desempenho operacional na ótica do regulador, reduzindo em 73% o indicador técnico durante os últimos cinco anos”, pontuou, atribuindo grande parte do resultado ao processo e consolidação do centro operacional.