A primeira revisão do Programa Mensal de Operação do mês de agosto apresentou uma previsão de crescimento da carga ao final do período de 3,3% ante a previsão inicial de expansão de 3%. Ao mesmo tempo os volumes esperados de vazões não apontaram tendência única, são esperados aumentos no Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste enquanto a curva é inversa nas duas outras regiões, quando comparados com as estimativas da semana passada.
Os volumes de energia natural afluente no SE/CO aumentaram levemente para 70% da média de longo termo ao fechamento de agosto. Esse nível é 2 pontos porcentuais acima do que era esperado sete dias atrás. No NE, o aumento é da mesma ordem, para 39% da média histórica. No Sul houve redução da previsão, de 68% para 65% e no Norte passou de 79% para 75% da MLT.
A demanda projetada para o fechamento do mês esta 0,3 p.p. mais elevada. O crescimento mais expressivo está justamente no maior submercado, o SE/CO com previsão de expansão de 4,6%, no Sul de 2,1%, no NE está em 3,6% e no Norte a única retração, 3,4% quando comparado ao fechamento do mesmo mês de 2017.
O consumo dos reservatórios parece estar mais acelerado do que o previsto nos dois maiores submercados do país quando comparado ao que foi projetado na semana passada. No SE/CO a previsão é de fechar o mês com 27,7% de capacidade de armazenamento ante 28,1% indicado sete dias antes. No Sul está em 43% ante 45,5%. No Nordeste é projetado encerramento do mês com deplecionamento menor, a expectativa é de fechar agosto com 30,9%, índice 0,5 p.p. acima do indicado no PMO do início do mês e no Norte 61,5%, 0,2 p.p. mais elevado quando comparado às previsões iniciais.
O custo marginal de operação continua em elevação, chegou ao valor médio de R$ 784,90 em todas as regiões do país, resultado dos patamares de carga pesado e médio em R$ 794,14/MWh e de R$ 768,68/MWh no leve.
Apesar disso, houve uma redução no volume de despacho térmico previsto para a semana operativa a partir de 4 de agosto. De acordo com o documento do ONS, é de 13.132 MW médios ante os 13.779 MW médios da semana anterior. Houve diminuições tanto por ordem de mérito que está em 9.872 MW médios e por inflexibilidade que está prevista e 3.234 MW médios, semana passada era de 10.205 e 3.574 MW médios, respectivamente. Esta semana ainda há 27 MW médios por restrição elétrica.
A redução por ordem de mérito vem pelo fato de a UTE Norte Fluminense 1,2 e 3, Cuiabá, Piratininga, Barbosa Lima Sobrinho L_13, Aureliano Chaves, Termopernambuco e Termofortaleza, todas a gás não estarem disponíveis para o despacho. Somadas, essas usinas representam uma capacidade de geração de 2,7 GW. Há outras usinas não disponíveis de outros combustíveis, mas cuja soma da capacidade é menor do que neste grupo.
Na questão meteorológica, a semana de 28 de julho a 03 de agosto foi registrado chuvisco nas bacias dos rios Jacuí, Uruguai, Iguaçu, Tietê, Grande e precipitação de intensidade fraca no Paranapanema e no trecho incremental a UHE Itaipu. Já para a semana operativa que começa neste sábado, 04 de agosto, deve ocorrer chuva fraca nas bacias dos rios Paranapanema, Tietê, Grande, no trecho incremental a UHE Itaipu e em pontos isolados do São Francisco.