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As aplicações da tecnologia de armazenamento de energia tomaram grande parte das discussões do primeiro dia do fórum internacional de energia eólica Brazil Wind Power, realizado no Rio de Janeiro nesta terça-feira, 7 de agosto, e que vai até o próxima quinta-feira, 9.
Segundo James Ellis, chefe de pesquisa na américa latina da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), as fontes solares e eólicas representarão 48% da matriz elétrica mundial em 2050. Quase 80% da nova capacidade de geração que será adicionada nesse período será atendida por fontes renováveis.
Porém, essas fontes são dependentes das forças da natureza e nem sempre estão disponíveis nos momentos de maior demanda. Uma solução para resolver esse problema está no uso complementar das tecnologias de armazenamento de energia.
De acordo com Elbia Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), em pouco tempo a fonte eólica será a segunda fonte de geração do Brasil e com isso a responsabilidade sobre o atendimento da demanda aumenta. “Nossa responsabilidade aumentará muito, mas o que vejo é uma oportunidade muito grande”, disse.
“A inserção de bateria no sistema elétrico brasileiro vai acontecer principalmente em função de qualidade de energia”, afirmou João Paulo da Silva, diretor de novas energias WEG. Segundo ele, a tecnologia pode ajudar a adiar investimentos em expansão da transmissão e da distribuição, além de contribuir para firmar a produção de energia das fontes renováveis.
Para o professor João Carlos Ferraz, coordenador executivo do projeto Indústria 2027 da UFRJ, o país passa por três transações: política, energética e tecnologia. As mudanças vão acontecer e os modelos de negócios precisarão mudar para acompanhar esse processo. “O futuro é desconhecido, mas o futuro se constrói”, provocou.