A Equatorial Energia, a empresa que ficou com a primeira das seis distribuidoras privatizadas da Eletrobras, a Cepisa, reportou lucro líquido ajustado de R$ 144 milhões no segundo trimestre do ano, retração de 2,3% ante o mesmo período do ano anterior. Já no acumulado da primeira metade do ano há um aumento de 7,5%, para R$ 239 milhões. O resultado (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 431 milhões, um aumento de 0,4% em relação ao reportado no mesmo período do ano passado e na base semestral aumentou 9%, passando a R$ 754 milhões.
A receita operacional líquida da empresa somou R$ 2,3 bilhões no período de abril a junho, aumento de 7,4%. O aumentou foi mais expressivo na base semestral com expansão de 20,9%, alcançando R$ 4,7 bilhões quando comparado ao reportado em 2017.
Os investimentos consolidados da empresa somaram aumento de 16,6% no trimestre com R$ 432 milhões. Ao final dos seis primeiros meses de 2018 os aportes já acumulam R$ 787 milhões, aumento de 10% em comparação a 2017. Com isso o endividamento líquido da Equatorial encerrou junho em R$ 3,4 bilhões, 25,5% acima do mesmo período do ano anterior. E o endividamento da empresa ficou em 1,9 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o ebitda ajustado.
O volume total de energia distribuída atingiu 3.665 GWh, com aumento de 2,6% no mercado da Cemar e uma redução de 1,4% na Celpa quando comparados ao segundo trimestre de 2017. Nos seis primeiros meses do ano o volume ficou em 7.162 GWh, aumento de 3,2% na concessionária maranhense e de 1,2% na paraense.
No nível de perdas, tanto as totais quanto as não técnicas no mercado de baixa tensão continuam dentro da meta regulatória da Aneel em relação à Cemar ambos os indicadores apresentaram estabilidade em comparação ao primeiro trimestre de 2018 estando em 16,2% e 6,3%, respectivamente. Os índices autorizados pela agência reguladora são de 18,6% e de 10,3%. Em relação ao encerramento de junho de 2017 os indicadores melhoraram.
Já na Celpa o cenário as perdas totais permaneceram estáveis ante o primeiro trimestre em 27,2% para uma meta de 26,9%, uma piora quando comparado ao final do mesmo período de 2017 quando o indicador estava dentro da meta da Aneel. Já em relação às perdas não técnicas no mercado de baixa tensão houve o mesmo comportamento. Saiu de um indicador exatamente dentro da meta regulatória de 34% e fechou junho de 2018 em 34,9%, 0,9 ponto porcentual acima do limite.
Quanto aos indicadores de qualidade, a Cemar apresenta números dentro da meta da Aneel. O DEC ficou em 14,01 horas para o limite de 18,04 e o FEC em 7,5 horas em um limite de 11,47. Na Celpa o sentido é o mesmo, com DEC de 25,3 horas para uma meta de 29,2 e FEC de 16,1 horas para limite de 25,1. Em todos os casos houve redução dos indicadores quando comparados ao mesmo período do ano passado.
A Cemar deu lucro líquido ajustado de R$ 116 milhões no trimestre e de R$ 200 milhões nos seis primeiros anos, crescimentos de 2,9% e de 15% ante as mesmas bases de comparação com o ano passado. No caso da Celpa os valores alcançaram R$ 70 milhões e R$ 101 milhões, aumentos de 13,6% e de 17,5%. A Geramar resultou em ganhos de R$ 6 milhões no trimestre e de R$ 13 milhões no semestre. Por sua vez, na Intesa ficou em R$ 11 milhões e em R$ 21 milhões, respectivamente.