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Mesmo com queda de demanda, sobre oferta e a redução no número de leilões de energia, a fabricante de cabos Nexans mantem as suas apostas no mercado de energias renováveis brasileiro. A empresa, que fornece cabos para a grande maioria dos fabricantes de aerogeradores, também atua em empreendimentos solares e vê nesse setor um nicho de oportunidades em um momento de mercado promissor. “O mercado de renováveis é superimportante dentro das nossas estratégias local e global. A empresa se preparou muito para esse momento dando todo suporte para a linha de clientes”, afirma Nelson Leme, gerente comercial da empresa no Brasil.

Segundo Albano, a Nexans está em negociação constante com os empreendedores para o leilão A-6, que acontecerá no final de agosto. Ele conta que a empresa, que tem soluções turnkey de cabeamento para facilitar a implantação da infraestrutura em eólicas, tem um tipo de participação diferente no certame, fornecendo dados prévios aos players para consultas. “A nossa participação nesse momento é muito mais de dar informações para os nossos potenciais clientes para que eles entrem fortes nos leilões”, comenta.

No primeiro semestre de 2018, a Nexans teve vendas consolidadas de € 3,28 bilhões, enquanto o lucro líquido atribuível aos proprietários da controladora foi de € 40 milhões. Segundo a empresa, as vendas de cabos de energia para o mercado de construção cresceram 8% no primeiro semestre do ano. A América do Sul voltou a crescer nas vendas no semestre, com aumento de 6,1%, mesmo com as perdas de oportunidades no Brasil após a greve dos caminhoneiros em maio e a disponibilidade de equipamentos que foram transferidos da fábrica de Americana, fechada em setembro de 2017.

Nelson Albano: aposta forte em renováveis

A empresa também observa o crescimento da energia solar no Brasil, que Albano considera em crescimento no país. A Nexans tem todo um portfólio para a fonte, que na geração centralizada abrange toda a cadeia, indo desde o cabo solar até os acessórios. Já na geração distribuída, ela tem um cabo específico, que vem sendo usado por vários players do setor.

Para o executivo da Nexans, a GD teve um período de desorganização por conta da regulação, mas agora já começa a se ajustar, com as empresas do setor bem estruturadas. “Há players muito bem estruturados, grandes integradores que estão suportando o cliente menor e nossa interface é sempre com esse integrador”, aponta.

Na planta da empresa, no bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, ela concentra a produção. Lá são fabricados cabos tanto para o setor elétrico – incluindo os usados em energia renovável – quanto para telecomunicações. A América do Sul representa cerca de 6% da Nexans no mundo e o Brasil responde por metade desse percentual.