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A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) apresentou no Brazil Wind Power a atualização do mapeamento da cadeia produtiva do setor de energia eólica. A última versão foi publicada em 2014.
Atualmente, o mercado brasileiro possui seis fabricantes de aerogeradores: Vestas, Wobben, Siemens Gamesa, GE, Nordex e WEG. Nesse período, as empresas Alstom, Acciona e Gamesa foram incorporadas por GE, Nordex e Siemens, respectivamente. A Impsa deixou o mercado.
O estudo constatou que a capacidade produtiva de aerogeradores ficou praticamente inalterada entre 2014 e 2017, com aproximadamente 1500 unidades ou 3,5 GW. Destaque para a catarinense WEG, que aumentou sua capacidade de produção de 24 para 144 unidades no período.
No segmento de torres de aço, a saída das fabricantes Alstom, Intecnial, SCSA e Brasil Sat foi compensada pela chegada da T.E.N e pelo aumento na produção das empresas Engebasa e Gestamp. A Torrebras se manteve no mercado, porém com a mesma capacidade produtiva de 2014. O setor possui capacidade de entregar 1.190 torres/ano.
A baixa veio do setor de pás eólica. Ocorreu uma redução de 1.900 unidades. A capacidade produtiva caiu de 8.900 para 7.000 unidades por ano. Duas empresas fizeram movimentos distintos nesse período: enquanto a Tecsis reduziu sua capacidade de 6.000 para 2.500 unidades, a Aeris aumentou sua capacidade de produção de 400 para 2.000 unidades. Wobben e LM Wind Power permaneceram no mesmo nível de capacidade: 1.500 e 1.000 unidades, respectivamente.
Segundo Miguel Antônio Cedraz Nery, diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da ABDI, a pá eólica é um dos componentes de maior custo e de grande impacto no desempenho do aerogerador.
O estudo mostrou um avanço considerável na cadeia de fornecedores. Em 2014, existiam 79 empresas produzindo 55 itens, esse número saltou para 133 e 77, respectivamente.
A ABDI constatou que houve um pico de demanda por aerogaradores em 2017 de aproximadamente 1.400 unidades, volume que caiu para a faixa 500 unidades em 2018, reflexo da baixa contratação nos leilões regulados dos anos de 2015 e 2016. Essa queda na demanda será ainda mais intensa nos próximos dois anos.
A ABDI sugere que seria importante garantir uma demanda interna mínima para dar mais previsibilidade ao mercado. Recomentou que sejam criados incentivos à exportação de aerogeradores. A agência também sinalizou para a necessidade conceder e reequilibrar incentivos tributárias para matérias primas, componentes e produtos.
Durante o Brazil Wind Power, realizado no Rio de Janeiro entre os dias 7 e 9 de agosto, a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, agradeceu a importante contribuição da ABDI para o setor. Clique aqui para acessar a apresentação.