A seguradora Tokio Marine planeja colocar no mercado um novo produto para o setor eólico, o seguro paramétrico, que garante uma receita para o gerador caso ocorra a falta de ventos. A ideia da empresa é de disponibilizar o seguro até o final do ano essa apólice para que possa compor o portfólio de produtos da empresa, que atualmente tem nos segmentos tradicionais – dano material e de lucro cessante – seus maiores produtos negociados com este segmento do setor elétrico.
De acordo com Sidney Cezarino, diretor técnico na área de propriedade, riscos de engenharia e energia, o produto está em desenvolvimento no momento e servirá para outros modais que em relação com fatores naturais como o setor de água. Essa novidade, continuou ele, vem na esteira da empresas buscar produtos mais sofisticados. Segundo ele, uma demanda nova que começa a aparecer cada vez mais para o segmento.
“Até o final do ano deveremos agregar o seguro paramétrico à cobertura de lucro cessante para amparar de forma mais abrangente o investidor”, revelou ele durante a edição 2018 do Brazil Windpower, realizada no Rio de Janeiro. Ele comentou que as aprovações necessárias já estão bem encaminhadas e que a empresa está na fase de avaliar como colocar a questão do resseguro.
A empresa, que esteve presente ao evento com um estande na feira, ainda deverá colocar no mercado um outro seguro do modelo BOT (construção, operação e transferência, na sigla em inglês). Este já está pronto e começará a ser divulgado ao mercado em breve. Cezarino explicou que esse produto envolverá as coberturas tradicionais a até o primeiro ano de operação de um parque eólico, opção que ainda não havia. “Com isso conseguimos ofertar uma apólice completa desde a construção e todos os seus riscos até o primeiro ano de operação já pensando na curva de aprendizado de um empreendimento”, comentou ele.
O atendimento ao setor elétrico é feito por meio da divisão de infraestrutura que existe na seguradora. A Tokio Marine, contou o executivo, já atua com a fonte eólica desde 2007. De todo o portfolio de negócios da área de grandes riscos, energia elétrica (geração, transmissão e distribuição) responde por cerca de 25% das apólices e desses o mais expressivo está no segmento eólico com algo entre 10% e 15%.