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Atuando no setor de energia desde 2012, a Câmara Italiana de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro está pré-cadastrando empresas que possam vir a ser fornecedoras da Enel Green Power, um dos maiores players do setor eólico no Brasil. A Câmara foi uma das expositoras na nona edição do Brazil Wind Power, encerrado na última quinta-feira, 9 de agosto. De acordo com Giorgio Luigi Rossi, diretor-executivo da CICIRJ, a intenção é buscar fornecedores médios e pequenos de mais variadas áreas que poderiam estar atuando junto a empresa italiana. “A missão da entidade é ajudar, da mesma forma que a gente ajuda empresas italianas a entrarem aqui, empresas brasileiras a se desenvolverem, internacionalizarem, de preferência fazendo parcerias com empresas italianas”, afirma.
O alvo são empresas de EPC, de componentes, manutenção, fiscalização de obras de engenharia, construção e manutenção de subestações, além de fornecedores de serviços de softwares para monitoramento a distância, conectores, ferragens, entre outros. “O empresário médio e pequeno às vezes tem certa dificuldade, como toda empresa tem, de entrar nesses cadastros de grandes empresas. A Enel pediu que a gente atuasse com maior proximidade com eles para guiar nesse caminho”, observa. O pré-cadastro já está sendo feito em outros países como Chile, Austrália e México.
Embora o pedido vindo de uma das maiores operadoras do setor eólico em um primeiro momento possa parecer estranho, Rossi justifica lembrando a penetração que a câmara tem proximidade com várias associações comerciais em mais de 50 anos de atuação no país. Segundo ele, a CICIRJ não é um órgão do governo italiano, mas atua de maneira bilateral. “O primeiro passo é informar, a gente tem empresas que poderiam e que até nunca atuaram no setor eólico que poderiam estar atuando na área de energia renovável, é levar essa demanda”, aponta.
Segundo Rossi, a resposta na feira foi positiva, foram coletados diversos pré-cadastros. Após o evento, acontece um contato para um detalhamento maior desse cadastro. Muitos postulantes possuem expertise de outros setores, como petróleo e gás no Rio de Janeiro, o que os potencializa para virarem fornecedores. Já outros que ainda estão em um patamar abaixo e são orientados com apoio dos engenheiros da Enel como eles podem melhorar para entrar no rol de cadastrados em um momento futuro. Ele dá como exemplo um epecista médio que queira ser parceiro da italiana, mas que enfrenta dificuldade para coletar todos os dados requisitados no cadastro da Enel. “A gente acompanha ele em toda essa parte”, avisa.
No próximo mês, a CICIRJ deve realizar no mês de setembro um encontro na Federação de Indústrias do Rio de Janeiro com a Enel em que profissionais da empresa vão mostrar em que setores estão as necessidades da empresa.
Apesar da demanda prioritária estar toda direcionada para a fonte eólica, os fornecedores de solar também poderão se cadastrar junto a CICIRJ. “Se hoje uma empresa que tem expertise e queira trabalhar com projeto solar quer fazer o pré-cadastramento, ela pode fazer”, explica. A Enel Green Power é o maior player do país, com parques na Bahia, Pernambuco e Piauí.