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A Energisa Soluções está se estruturando para que em 2020 já comece a explorar um mercado ainda em seu início no Brasil, o de O&M de parques eólicos. A ideia da subsidiária do tradicional grupo que atua no setor elétrico é de atuar em toda a parte elétrica de um empreendimento, deixando de lado apenas a parte relacionadas às pás e ao segmento civil dos parques. A base é planejada para a região de João Câmara (RN) e a meta é de brigar por uma grande fatia desse mercado.
Segundo o diretor presidente da Energisa Soluções, Flavio Marqueti, todo o trabalho começou há dois anos quando a companhia começou a avaliar os caminhos a seguir nesse nicho de mercado. O formato encontrado após as análises da companhia passou por três fases de análises onde o objetivo era o de chegar ao aerogerador e estender o alcance dos serviços a toda a parte elétrica. A solução foi uma associação com uma International Service Provider (ISP) da Alemanha.
“Esse é um mercado de cerca de R$ 1 bilhão ao ano acessível ao O&M no país, parte desse volume, especificamente cerca de 20% do total, está contratado, seja diretamente com os fabricantes de aerogeradores e outros não, mas essa parte é a menor do bolo. Queremos disputar a parte mais importante dessa fatia como sendo uma alternativa ao investidor concorrendo com os fabricantes dos equipamentos que oferecem esse serviço”, comentou ele à Agência CanalEnergia durante a edição 2018 do Brazil Windpower. “Já temos até clientes batendo à nossa porta esperando o serviço estar disponível”, acrescentou.
Um das grandes dificuldades encontradas, relatou Marqueti, é justamente as barreiras que os próprios fabricantes impõem de acesso aos aerogeradores que vendem. A Energisa, contou ele, avaliou anteriormente a parceria com um desses fornecedores. Contudo, não foi possível em decorrência da necessidade que as empresas possuem de proteger seus segredos industriais.
Superado essa formatação inicial do negócio, disse o diretor presidente, o momento atual é de estruturação de seu centro de serviços que ficará em meio a um grande número de parques eólicos. A cidade de João Câmara (RN) concentra em seu raio muitos empreendimentos entre os mais antigos em operação no Brasil, pois essa foi uma das primeiras regiões a ser explorada pela energia eólica no país. As atividades da companhia estão concentradas em desenhar como será a expansão deste centro que receberá reforço estrutural para atender a essa nova demanda.
O cronograma da companhia está delineado para que essa atividade ocorra ao longo de 2019 para que no início do ano seguinte comecem as atividades operacionais. Marqueti destacou o caráter conservador que a empresa atua como forma de demonstrar o compromisso em chegar ao mercado de forma robusta. E cita a forma de atuar em PCHs um mercado no qual o grupo Energisa já atua há cerca de 40 anos.
“Hoje temos um modelo de diagnostico das maquinas dessas usinas, muitas das quais foi a própria Energisa quem construiu. Criamos um plano de manutenção geral que com o tempo é remodelado. Esse modelo existe nas PCHs e queremos adotar um específico para a fonte eólica. São ativos que precisam de uma manutenção preventiva”, indicou Marqueti.
Nos planos da Energisa Soluções ainda não há uma marca de aerogerador que a companhia deseja atuar em primeiro lugar. Mas a meta é de poder ser uma provedora de serviços multimarcas. Para isso a empresa deverá aumentar sua força de trabalho em 10% passando dos atuais cerca de 1 mil empregados para 1,1 mil pessoas. O trabalho, finalizou ele, deverá ser executado da mesma forma que vem sendo prestado ao atuais clientes da empresa, classificado por ele como transparente e por meio do uso de tecnologia mobile, analytics e de digitalização, bem como o uso de monitoramento em tempo real.