A Copel fechou o segundo trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 352,6 milhões, valor 133,5% superior aos R$ 151 milhões apresentados no mesmo período do ano passado. A informação consta no resultado financeiro da empresa divulgado nesta quarta-feira, 15 de agosto. A receita operacional líquida ficou em R$ 3,6 bilhões, elevação de 13,6% em relação ao valor registrado no segundo trimestre de 2017. Segundo a Copel, o crescimento é explicado principalmente pelo incremento de 19,1% na “receita de fornecimento”, decorrente do aumento de 7,4% no volume de energia vendida aos consumidores finais, chegando a 6,3 GWh no trimestre e 12,2 GWh nos seis primeiros meses de 2018.

O Ebitda da distribuidora paranaense atingiu R$ 833,3 milhões no trimestre, registando acréscimo de 17,8% na comparação com o mesmo período no ano anterior, que ficou em R$ 707,2 milhões. De acordo com a estatal, o aumento foi impactado por eventos não recorrentes, destacando-se o incremento de R$ 72,1 milhões proveniente de fornecedores de bens dos parques eólicos do Complexo Brisa Potiguar e a provisão de R$ 45,1 milhões referente a uma ação trabalhista coletiva. Já o programa de investimentos da companhia somou R$ 603,5 milhões, ficando abaixo dos R$ 629,4 milhões empreendidos no segundo trimestre de 2017.

No semestre, o lucro da Copel chegou a R$ 692,2 milhões, aumentando 21,8% na comparação com o primeiro semestre de 2017. A receita líquida ficou em R$ 6,9 bilhões, pouco maior que os R$ 6,4 bilhões aferidos no mesmo período do ano passado, resultado influenciado pela melhoria de 17,7% na receita com “fornecimento de energia elétrica”, em função do crescimento de clientes livres na Copel Comercialização e do reajuste tarifário da Copel Distribuição. Por sua vez o Ebitda semestral foi de R$ 1,6 bilhão, valor apenas 0,2% maior que o registrado no ano passado. No acumulado dos seis primeiros meses, os investimentos de R$ 1,2 bilhão representaram uma variação positiva de 6%.

De acordo com a Copel, a UHE Colíder (MT) sofreu impactos em seu cronograma de implantação, e a primeira unidade está prevista para começar a trabalhar comercialmente neste mês, enquanto a terceira e última em novembro. Também foi revisada para este mês a data de início de operação do Complexo Eólico Cutia. Em junho, entrou em operação a linha de transmissão Araraquara II – Taubaté, de posse integral da Copel GeT, e com extensão de 334 Km por entre 28 municípios. Por sua vez, a concessionária informou que o início de suprimento da primeira unidade geradora da Hidrelétrica Baixo Iguaçu será em janeiro de 2019. No canteiro de obras, as atividades de desvio de segunda fase, montagem da casa de força e do vertedouro estão em pleno andamento, assim como os programas fundiários e socioambientais.