A Cemig registrou prejuízo de R$ 60,4 milhões no segundo trimestre de 2018 contra um lucro de R$ 138,1 milhões do mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 810,1 milhões no período, um aumento de 9,53%. A receita liquida da companhia aumentou 6,3%, para R$ 5,5 bilhões e a receita nas vendas da CCEE despencaram de R$ 198,5 milhões de abril a junho de 2017 para R$ 25,6 milhões neste ano.
A Cemig atribuiu a queda do lucro líquido do trimestre pela despesa líquida de R$ 449 milhões, não vinculada às atividades operacionais, referente aos efeitos das despesas de variações cambiais incidentes sobre a dívida captada em dezembro de 2017.
Operacionalmente, a empresa apresentou ganho total de R$ 404 milhões. Por segmento de atuação, a Cemig reportou resultado líquido negativo de R$ 54,6 milhões em geração, lucro de R$ 274,9 milhões em transmissão, R$ 144,9 milhões em distribuição, de R$ 61,1 milhões em gás, R$ 8,3 milhões em telecomunicações e perdas de R$ 30,9 milhões na categoria classificada como outras.
A energia comercializada pelas empresas da Cemig, no segundo trimestre de 2018, totalizou 14.076.058 MWh, acréscimo de 3,96% em relação ao mesmo período de 2017. As vendas de energia para consumidores finais e consumo próprio somaram 11.101.488 MWh, crescimento de 3,81% frente a 2017. Já as vendas para distribuidoras e comercializadoras, geradoras e produtores independentes de energia, totalizaram 2.974.570 MWh e aumentaram 4,51% no segundo trimestre de 2018 frente ao mesmo período de 2017.
A maior parcela de consumo vai para o segmento industrial com 41%, seguido pelo residencial com 23% do total, a classe comercial é a terceira com 19%, rural vem em seguida com 9% e outros ficam com 8%.
A energia faturada aos clientes cativos e a energia transportada para clientes livres e distribuidoras, com acesso às redes da Cemig D, no segundo trimestre de 2018, totalizou 11.204.337 MWh, com acréscimo de 5,69% em relação ao mesmo período de 2017. Esse resultado é a composição do crescimento de consumo no mercado cativo de 0,3% e do crescimento no uso da rede pelos clientes livres de 13,7%.
A energia faturada pela Cemig GT totalizou 7.555.811 MWh no trimestre, um acréscimo de 7% em relação ao mesmo período de 2017. O número de clientes faturados da Cemig GT cresceu 9,6% em relação a junho de 2017, atingindo a quantidade de 1.284, sendo 1.210 clientes industriais, comerciais e rurais, 46 distribuidoras e 28 do segmento de comercializadores, geradores e produtores independentes de energia.
De um total de investimentos previstos para o ano de 2018 a Cemig já aportou cerca de um terço do montante nos seis primeiros meses do ano. Foram R$ 555 milhões ante a previsão inicial de R$ 1,6 bilhão. O maior montante ficou em distribuição com R$ 394 milhões até o fechamento de junho.
O total da dívida consolidada da companhia foi de R$14,6 bilhões em 30 de junho, patamar 1,43% menor do que o saldo em 31 de dezembro de 2017. Porém, o saldo da dívida da Cemig sofreu elevação de R$ 206 milhões no semestre, mesmo com a empresa tendo amortizado um volume superior às novas captações no período. Esse fato, explicou a empresa, deve-se, principalmente, à valorização de aproximadamente 16% do dólar frente ao real no trimestre, o que impactou o saldo da dívida dos Eurobonds.
A dívida líquida da empresa fechou o semestre em R$ 13,3 bilhões, um aumento de 8,4% na comparação com o fechamento do ano passado.