fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Ao passo que a geração distribuída avança no país e a sua complexidade aumenta, a necessidade de digitalizar a rede fica mais necessária. Essa é a visão da Siemens para o mercado, que segundo expectativa, é de chegar em 2030 com cerca de dois terços da expansão tendo origem nessa modalidade de geração. Por essa perspectiva a multinacional alemã está de olho nesse crescimento ao ponto de colocar a energia distribuída como um pilar estratégico da companhia.
Segundo o diretor de Energia Distribuída da Siemens Brasil, Guilherme Mattos, a companhia encara este segmento como pilar estratégico para sua atuação. Esse modelo, comentou ele, não é novo dentro da companhia que já atua com sistemas de maior porte há pelo menos 15 anos. Acontece que agora a ideia é reduzir a dimensão desses sistemas seguindo a tendência do mercado mundial com maior pulverização.
“Já atuamos nesse segmento há um certo tempo, não é novo dentro de nossa estrutura. Mas, o que acontece é que definimos um modelo estratégico enxergando a movimentação do mercado e vemos uma certa previsão de demanda. Temos essa experiência e agora é um driver estratégico para crescimento tanto na geração renovável quanto em eficiência energética”, disse ele que participa nesta quarta-feira, 15 de agosto, do III Forum Siemens, no Rio de Janeiro.
Mattos destacou que o trabalho será destinado ainda a clientes institucionais, chegando a indústrias e comércio, não ao consumidor residencial. No foco da Siemens está prestar serviços de forma horizontal a aproveitar seu portfolio de produtos e serviços, incluindo o braço financeiro da empresa. A meta é de tirar a necessidade do investimento por parte do cliente que pagará com a economia da energia que tiver.
“O potencial de mercado é muito grande e dentro dessa tendência de mercado estamos olhando de maneira estratégica por meio da energia distribuída, com tecnologia e produtos. Nosso approach é solucionar o problema como um todo para o cliente para que ele possa manter o seu foco em seu negócio, não em gerenciamento de energia”, pontuou.
O executivo contou que um dos pilares centrais do evento destinado aos clientes está na questão da transição energética que vem ocorrendo em todo o mundo e que tem na geração distribuída sua mudança mais substancial. Ele lembra que entre as macrotendências está a alteração daquele modelo geração-transmissão-distribuição para um onde se destaca a geração renovável em sistemas mais pulverizados pelos consumidores e de menor potência instalada quando comparados às usinas hidrelétricas.
Essa característica vai aumentar a complexidade do sistema com fluxos bidirecionais, assunto que sempre volta à pauta, e que permitirá maior uso de fontes renováveis no futuro pelos prosumers. E nesse sentido, cada vez mais a tecnologia por meio de softwares bem calibrados para esses sistemas se faz necessária.
“Não podemos falar em geração distribuída sem digitalização da rede e dos sistemas de controle que precisam ser parametrizados de acordo com o arcabouço regulatório de cada país”, destacou ele ao lembrar que aqui no Brasil estamos em meio a uma alteração da regulação que deverá entrar em vigor, segundo o calendário da Aneel, no segundo semestre de 2019. Nesse sentido, completou ele, a empresa vem participando das discussões por meio das associações. Para Mattos, essa atualização da regulação é necessária pois o assunto é novo e dinâmico o que traz novos potenciais de negócios, mas que podem ser travados quando encontra-se barreiras regulatórias.