A Omega Geração prepara uma operação para captar recursos no mercado para fazer frente à metade do valor necessário para o pagamento da compra de 50% do complexo Pirapora, localizado em Minas Gerais, com 321 MW de capacidade instalada. A operação foi possível após a Omega negociar a compra de 30% da participação da EDF Renewables no Brasil e 20% de participação da Canadian Solar UK Projects.

Segundo o presidente da companhia, Antônio Augusto Torres de Bastos Filho, os valores finais não estão definidos, pois depende de variáveis relacionada ao financiamento da usina solar. Porém, a expectativa é que aproximadamente 40% do total de R$ 1,1 bilhão seja pago com recursos ainda em caixa do IPO realizado em julho de 2017. Na época, a empresa levantou R$ 593,6 milhões com a emissão de novas ações.

“A outra metade vamos fazer uma captação, que já está assegurada, para fazer frente ao desembolso da aquisição”, detalhou o executivo em teleconferência nesta quarta-feira, 15 de agosto.

Com a aquisição dos ativos Pirapora e Delta 5 e 6, a capacidade da Omega será de 745 MW, crescimento de aproximadamente 400% em relação a janeiro de 2017, com maior diversificação de fontes energéticas. De acordo com Bastos Filho, a Omega continua prospectando ativamente novos ativos e que a compra de Pirapora não reduziu o apetite por novos empreendimentos.

RESULTADO FINANCEIRO

No segundo trimestre de 2018, a Omega reportou prejuízo líquido de R$ 20,4 milhões. No ano, a empresa acumula prejuízo de R$ 37,7 milhões. A receita líquida totalizou R$ 188 milhões, crescimento de 154% na comparação com igual período em 2017. O Ebitda ajustado de R$ 74,5 milhões no segundo trimestre representou um crescimento de 772% em relação à igual período no ano passado.

A dívida líquida da empresa atingiu R$ 1,45 bilhão e tem prazo médio de vencimento de 8,1 anos. A alavancagem da empresa está em 4,3x (relação dívida líquida/Ebitda). A Omega encerrou o trimestre com R$ 456 milhões em caixa.