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Tendo colocado à venda participações minoritárias em até 71 Sociedades de Propósito Específico, a Eletrobras não deve, ao fim do seu programa de reestruturação, voltar a adotar esse modelo de negócio nos seus projetos de expansão. De acordo com Wilson Ferreira Junior, presidente da empresa, esse modelo só faz sentido em obras grandes, como a da UHE Jirau, em que os investimentos e riscos devem ser compartilhados. “Uma obra pequena, com uma eólica, não faz sentido entrar com 49%. Nós não adicionamos nenhum grande valor e é um negócio muito pequeno. A Eletrobras haverá de pensar em torno disso”, afirmou, em coletiva a jornalistas na última quarta-feira, 15 de agosto.
Segundo o executivo, em alguns empreendimentos eólicos, as subsidiárias da Eletrobras entraram para desenvolver a fonte no país, cabendo ali a participação minoritária. De acordo com ele, a empresa deveria ter parado com o modelo depois que a fonte estava desenvolvida, o que acabou não acontecendo. Para ele, era melhor que elas tivessem 100% de participação nas SPEs, embora reconheça o êxito em algumas parcerias em eólicas. Ferreira Junior lembrou ainda de problemas com fornecedores de aerogeradores que ocorreram nas SPEs de eólicas que acabaram por levar a Eletrobras a ter a maior descontratação no leilão realizado no ano passado.
Afastada dos leilões, a estatal só deverá retornar após ter o seu balanço financeiro equacionado, o que permitiria o financiamento. Para o presidente da empresa, essa é a condição primordial para a participação em um leilão. A capacidade de engenharia diferenciada é positiva para a empresa. “Os financiadores querem uma empresa que seja saudável e um fiador que seja confiável. Não éramos há um tempo atrás”, observa. Ferreira Junior conta que hoje Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul estão em situação melhor que há dois anos. “Passado esse processo, a Eletrobras volta a ser a maior empresa brasileira do setor, não só pelos seus ativos, mas pelos resultados”, avisa.
Impsa – O presidente da Eletrobras disse ainda na coletiva que espera até o fim do ano ter uma solução para os parques da Eletrosul e da Chesf que sofreram com quedas de torres de aerogeradores da fabricante Impsa, que encerrou as atividades no Brasil. Em 2014, oito torres do complexo Cerro Chato, da Eletrosul, foram derrubadas após uma intensa tempestade.