A PSR entregou no início de agosto em seminário o novo sistema computacional de otimização Genesys, desenvolvido para o planejamento energético da região Pacific Northwest, nos Estados Unidos. Ele é um sistema de 61 mil MW e a PSR foi escolhida para fazer o seu desenvolvimento há cerca de um ano, em concorrência promovida pelo Northwest Power and Conservation Council, que coordena o desenvolvimento energético da região. O sistema de geração é considerado complexo, já que inclui hidrelétricas do rio Colúmbia, grande quantidade de geração eólica, térmicas a gás, onze zonas de controle e interconexões com o restante da Costa Oeste, cuja capacidade instalada é cerca de 400 mil MW.
De acordo com o presidente da PSR, Mario Veiga, que coordenou o projeto, as especificações do NWPCC foram desafiadoras. Segundo ele, o Genesys deveria realizar em no máximo seis horas milhares de simulações probabilísticas horárias da operação do sistema, desde a otimização estocástica de longo prazo até a programação para a próxima hora, incluindo modelagem de geração sob incerteza das usinas renováveis, modelos de previsão, contratos de gás e intercâmbios com o WECC. Veiga conta que estas simulações probabilísticas pedem a solução de 108 milhões de problemas de otimização de grande porte, considerado um recorde a nível mundial para este tipo de modelo. Além do esforço computacional para a solução, o volume de resultados também era recorde, cerca de 10 Terabytes por execução.
A solução desenvolvida pela equipe da PSR, chamada PSR Core, consiste em uma nova arquitetura computacional, com solução distribuída dos problemas de otimização; bases de dados especializadas para criação dos cenários e gerência dos resultados; e novos algoritmos de otimização. Esta solução despertou bastante interesse na comunidade científica. O pesquisador Joaquim Garcia da PSR fez apresentações convidadas sobre o PSR Core e a solução de otimização de grande porte para a equipe de otimização da Amazon, em Seattle; em uma sessão de computação de alto desempenho no IEEE General Meeting, em Portland; e também em Bordeaux, na França, para o grupo de desenvolvimento da nova linguagem de programação científica Julia e no International Symposium on Mathematical Programming.