A expectativa da Eletrobras é de começar este ano as obras na Linha de Transmissão que vai conectar o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional. De acordo com o presidente da empresa, Wilson Ferreira Junior, a obra, que foi licitada em 2011 com a Alupar e foi interrompida por dificuldade no licenciamento ambiental, já tem comprados cabos e alguns sites já foram iniciados. “A perspectiva importante é a do licenciamento”, afirma. A energia que supre o estado é importada da Venezuela e a LT deveria estar pronta desde 2015. Com a crise no país vizinho, o fornecimento no estado tem sofrido problemas constantes.
O estado de Roraima é o único que não está integrado ao SIN. Ontem, foi realizada uma reunião entre vários agentes do governo federal que definiu que o licenciamento do linhão Manaus-Boa Vista será fracionado, de modo que o Ibama possa emitir até o dia 28 de setembro a licença de instalação. Ainda de acordo com Ferreira Júnior, o governo percebeu a urgência da situação, já que o contrato com a Venezuela vence em 2021. “Temos que terminar de fato essa linha que nem começou, com 700 quilômetros”, avisa. Ele também revelou que o suprimento custa R$ 600 milhões e se for feito a base de usinas termelétricas a óleo custaria três vezes mais. “Precisa dar urgência a isso”, aponta o executivo, que realizou apresentação a analistas e investidores na Apimec-Rio nesta terça-feira, 21 de agosto.
O executivo também revelou que espera que até o fim do ano a usina de Angra 3 tenha uma definição, já que o grupo de trabalho no CNPE deve entregar até o fim de setembro uma posição final. Ferreira Júnior também trabalha com até o fim do ano para que a CGTEE seja incorporada pela Eletrosul. A Amazonas GT, que hoje foi desverticalizada da Amazonas Energia, deve ficar para o ano que vem.