A Copel pode ter uma economia de R$ 200 milhões em seu resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caso os 610 funcionários elegíveis ao PDV da empresa optem por aderir à medida. Esse montante foi revelado nesta quarta-feira, 22 de agosto, em uma reunião da empresa com analistas e investidores promovida pela Apimec-SP. Esse é o cenário que a companhia acredita conseguir alcançar com o PDV em andamento.
De acordo com o superintendente de Mercado de Capitais da estatal paranaense, Artur Pessuti, essa economia iria diretamente para o resultado operacional da empresa, que dessa forma, seria elevado ao nível próximo de seu ebitda regulatório potencial que é de cerca de R$ 509 milhões a cada semestre. “A nossa maior despesa depois dos custos não gerenciáveis está na linha pessoal de nosso balanço e que ficou em R$ 363 milhões no fechamento de junho. Com essas demissões alcançaríamos o indicador potencial, mas hoje a realidade é que está 29% abaixo do que poderia alcançar”, destacou ele.
Outra forma de melhorar os resultados da companhia, destacou ele, é o fato de que a Copel alterou sua exigência de retornos nos projetos. Ele elencou que a empresa era vista pelo mercado como uma organização que exigia rentabilidades questionáveis para os projetos, que não apresentava disciplina financeira, não seguia cronogramas de obras, tampouco o orçamento previsto.
Ele lembrou que essa atuação da empresa não ocorre mais. E continuou a defesa ao lembrar que desde 2014 a empresa entra apenas em projetos com rentabilidade mais elevada, a exemplo do chamado lote E com retorno na casa de 15% em transmissão. “A Copel nos últimos leilões entrou e não levou projetos porque o nível de rentabilidade não é mais aquele, temos aplicado disciplina de capital desde 2014”, destacou.
Araucária
A empresa afirmou ainda que a sua expectativa é de que consiga ter pelo menos dois meses de despacho na UTE Araucária. Esse seria o melhor cenário para 2018 e se assemelharia ao ano de 2017. Em uma estimativa menos otimista a empesa apontou que a tendência seria de ter pelo menos um mês de despacho dessa usina. Mas que aguarda o despacho da Aneel fixando o CVU para a usina.
“Temos um custo mínimo para despachar e estamos discutindo isso agora com a Aneel. Nos próximos dias acreditamos que poderemos ter o valor de CVU e despachar a usina. Há interesse de nossa parte e do país”, comentou o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da empresa, Adriano de Moura.