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O início das obras da usina UTE Bonfim (SP – 21 MW), de propriedade da Raízen, mostra que o biogás segue em um processo de amadurecimento da fonte na matriz brasileira. De acordo com Eduardo Azevedo, secretário de Planejamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, o modelo adotado na usina aponta para que projetos similares sejam desenvolvidos no país. A UTE foi a primeira a ser viabilizada em um leilão de energia, em 2016. “A tecnologia de biodigestão não é nova, mas a aplicação desse modelo é disruptiva. No Brasil temos mais de 300 unidades de produção de vinhaça que o usado na planta da Raízen”, afirma, no lançamento do início das obras da térmica, na última quinta-feira, 23 de agosto, em Guariba (SP).
Azevedo conta que está sendo avaliado para que na próxima edição do Plano Decenal de Energia o biogás seja separado da biomassa, de modo a indicar que ele tenha deve ter uma participação relevante na matriz. “A gente quer aproveitar um caso concreto, demonstrar que isso é viável. Pela primeira vez vai ter um valor quantificado, como meta para biogás”, avisa. Ainda segundo o secretário, o valor deverá ser simbólico, porém apenas essa sinalização já mostraria a aposta do país na tecnologia do biogás e que ela pode ser competitiva.
No contrato da UTE Bonfim está previsto que 70% da energia da usina irá para suprir o contrato com o mercado regulado. Para o gás restante, a Raízen avalia outros destinos, como transformá-lo em biometano veicular ou vender a energia para o mercado livre. Na visão de Azevedo, essa última opção deverá prevalecer, já que embora os custos com combustível da indústria de açúcar e álcool serem altos, vender energia e injetar na rede será mais vantajoso.
*O repórter viajou a convite da Raízen Energia