Os resultados obtidos após a implantação da UTE Bonfim (SP – 21 MW) serão determinantes para que a Raízen pense em mais térmicas a biogás obtidos por subprodutos da cana. A empresa iniciou a construção da térmica na última quinta-feira, 24 de agosto. De acordo com o vice-presidente executivo da área de Etanol, Açúcar e Energia da Raízen, João Alberto Abreu, o modelo de negócio da empresa exige que para uma segunda planta, é preciso que todas as premissas econômicas, operacionais e financeiras adotadas na primeira usina sejam comprovadas. “O gatilho para a gente desenvolver uma segunda planta é o atingimento das metas que a gente colocou de produção e de retorno”, afirma. A UTE fica na unidade de produção Bonfim, a segunda maior da Raízen.

O prazo contratual de início da operação é 2021, mas a intenção é adiantar esse prazo, para aprimorar a experiência. A UTE fica na unidade de produção Bonfim, a segunda maior da Raízen. Com 70% da energia da energia contratada, o restante da energia deverá ser vendido no mercado livre. O executivo mostrou-se animado com a venda do insumo no ACL. Segundo Abreu, como estamos em um período de seca nos reservatórios, a demanda por energia aumenta. “Mas esse é um mercado que tem a sua volatilidade e aí você precisa se planejar com bastante profissionalismo e técnica para tomar a decisão correta”, observa.

Em maio deste ano a Raízen comprou a comercializadora WX Energy, que em 2017 comercializou 4,4 TWh e faturou mais de R$ 1 bilhão. Na época, a empresa revelou que a compra reforçava a presença dela no mercado livre e a estratégia de ampliação de negócios no setor elétrico.

*O repórter viajou a convite da Raízen Energia