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Após ser lançado nos estados de Santa Catarina e Mato Grosso, é a vez do Programa Indústria Solar chegar ao Rio Grande do Sul. O programa, que oferece sistemas fotovoltaicos de geração distribuída para o segmento industrial com condições de financiamento facilitadas, é liderado pela Engie Solar e pela WEG. De acordo com Rodrigo Kimura, presidente da Engie Solar, a expectativa é que o programa repita o sucesso de Santa Catarina, em que teve 2.700 pedidos. “Olhando as condições atrativas de financiamento e o custo mais otimizado projetando o volume de adesões ao programa, a gente entende que ele tem tudo para ser um sucesso de vendas”, afirma.

A animação do executivo vem do número de 42 mil indústrias na baixa tensão fornecido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul – parceira local do projeto – como potenciais clientes de geração distribuída. A meta de Kimura é atingir em torno de 10% desse público, ficando em torno de 4.200 unidades. Os sistemas residenciais também poderão ser impulsionados, já que o programa também é ampliado aos funcionários das indústrias, o que aumenta mais ainda o raio de atuação. Outro fato que faz a empreitada em terras gaúchas ficar mais atrativa é que o estado é o terceiro no país em número de conexões de geração distribuída, o que já traz mais conhecimento do tema aos consumidores. “O nível de perguntas e questionamento já é de um mercado maduro”, observa.

O prazo de financiamento é de até 120 parcelas, com taxa de juros a partir de 0,8% ao mês. Segundo Kimura, em alguns casos não é necessário chegar ao prazo final para que o financiamento se pague, com oito ano sendo suficientes para que a economia gerada pelas placas consiga pagar o valor do financiamento. “O objetivo do programa é uma solução financiável para não mexer no fluxo de caixa das indústrias ou do consumidor pessoa física”, pontua ele. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul e o Sicredi serão os agentes financeiros do Indústria Solar gaúcho. O Banrisul é outro banco que está em conversas adiantadas para entrar no programa.

Com um agronegócio forte, não haverá um direcionamento a algum setor específico da indústria gaúcha. Toda a classe que está conectada na baixa tensão é alvo potencial. “Não estamos olhando por segmentação, estamos olhando para a indústria como um todo”, avisa. O investimento no sistema fotovoltaico pode trazer economia de até 96% no valor da fatura de energia. A Engie Solar já tem 1.900 sistemas fotovoltaicos instalados no país espalhados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, que totalizam 28,1 MW.

Já com o aprendizado do projeto lançado em dois estados, o presidente da Engie Solar aposta em uma estrutura comercial capaz de atender grandes volumes de pedidos em pouco espaço de tempo. Segundo ele, a empresa se preparou bastante antes do lançamento, de modo que a demora não cause frustração na entrega dos estudos técnicos e da proposta comercial. “Esse é o principal recado, tem que estar muito bem estruturado para prestar um serviço de qualidade”, aponta.

A Engie Solar já recebeu mais de 240 pedidos de empresas instaladoras e prestadoras de serviços interessadas em parcerias no programa. Como o estado já é desenvolvido no mercado de instalações fotovoltaicas, a Engie está achando empresas já com experiência. Para as empresas que não conseguem se enquadrar, é recomendada uma parceria com o Senai. “O RS foi uma surpresa boa, encontramos empresas prontas para trabalhar, mas o processo de qualificação está em andamento”, avisa Kimura. Sem revelar os próximos estados que vão ser contemplados com o programa, o executivo apenas adianta que dois estão em negociações e que brevemente deverão ser anunciados.