A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou os ratings de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local da Taesa em ‘BB’ e ‘BBB-‘, respectivamente. Ao mesmo tempo, a agência afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ da companhia e de suas emissões de debêntures seniores sem garantia. A Perspectiva das avaliações é Estável.
Segundo a Fitch, os ratings incorporam o baixo risco de negócio da Taesa, dada a sua forte e diversificada carteira de ativos de transmissão de energia, com previsível e robusta geração de fluxo de caixa e margens operacionais elevadas. Além disso, nenhuma das 35 concessões das quais a companhia participa expira antes de 2030, o que proporciona estabilidade às suas operações.
A análise também incorpora a expectativa da agência de manutenção de sólido perfil financeiro a médio prazo, com indicadores de crédito fortes para os atuais IDRs, frente aos de seus pares na América Latina. Em base pro forma consolidada, a alavancagem da empresa é baixa para uma transmissora de energia e seu perfil de liquidez, adequado. O IDR em Moeda Estrangeira é limitado pelo teto país e a agência considera apropriada a diferença de três graus entre o IDR em Moeda Local da companhia e o IDR soberano (‘BB-’ (BB menos)/Perspectiva Estável), em um setor regulado.
A Fitch acredita que a Taesa manterá alavancagem financeira líquida consolidada abaixo de 3,5 vezes nos próximos três anos, que poderá eventualmente ultrapassar este patamar, em caso de novas aquisições relevantes ou de novos projetos.
Já a margem de EBITDA deverá ficar na faixa de 80%-90% nos próximos anos, apesar do gradual aumento do impacto de cerca de R$ 200 milhões nas receitas até 2023, em função da redução de 50% na RAP (Receita Anual Permitida) de alguns ativos, ao completarem 15 anos em operação. A companhia deverá retomar o aumento de seu EBITDA consolidado em 2022, devido à contribuição adicional às receitas e aos dividendos recebidos em função da conclusão dos projetos atualmente em desenvolvimento.
As avaliações dos ratings da Taesa não são limitados pela qualidade de crédito de um de seus acionistas, a Cemig, uma vez que a concessionária mineira compartilha o controle da companhia com a Interconexion Electrica S.A e seu acesso ao caixa da empresa é limitado a dividendos. O moderado risco regulatório do setor brasileiro de energia foi considerado na análise e, na opinião da Fitch, os riscos associados à fase de construção dos oito projetos atualmente em desenvolvimento são administráveis.