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O mercado está sinalizando grande interesse no processo de privatização da elétrica Cesp, disse o secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, durante evento na capital paulista, nesta quarta-feira, 29 de agosto.
Segundo o representante do Governo, todas as medidas precedentes exigidas pela legislação foram cumpridas, o que garante a realização do leilão no dia 2 de outubro, na B3. “A percepção hoje é que está tudo bem encaminhado e temos informações de que há alguns interessados, não apenas um”, adiantou Meirelles, acrescentando que o momento “é extremamente oportuno para investidores”.
Segundo a agência Reuters, o fundo soberano de Cingapura, a Squadra Investimentos, o Pátria Investimentos e a elétrica Engie teriam interesse em comprar a participação do Governo de São Paulo na Cesp.
Pelas regras do leilão, o investidor que comprar as ações terá o direito a uma renovação do contrato de concessão de Porto Primavera por mais 30 anos, mediante o pagamento de um bônus de outorga de R$ 1,37 bilhão.
O governo paulista definiu o preço mínimo de R$ 14,30 por ação, que multiplicado pelo número de papéis pode chegar a R$ 1,66 bilhão. Essa será a quarta tentativa de venda da Cesp. “Isso encerra um ciclo que começou em 1998, quando o Governo decidiu fazer a venda daquilo que não é mais papel do estado”, finalizou Meirelles.
Além de Jaguari (27,6 MW) e Paraibuna (87 MW), a Cesp possuí a concessão da hidrelétrica Porto Primavera (1.540 MW). Essas concessões vencem, respectivamente, em 2028, 2021 e 2020.