fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
O volume de transações de fusões e aquisições no setor de energia deverá continuar em ritmo de expansão até, pelo menos, o início do quarto trimestre, quando o cenário político estiver mais claro em relação ao resultado das eleições no país. Enquanto isso, a tendência é de que as operações dessa natureza continuem a ser registradas. Um levantamento referente ao primeiro semestre feito pela consultoria KPMG apontou um crescimento de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a empresa, o número de negócios ficou em 17 operações ante as 13 registradas no mesmo período de 2017. Nesse balanço ainda não estão computados os quatro negócios envolvendo as distribuidoras da Eletrobras que foram realizados até o momento. Um dos negócios que fazem parte desse balanço é a venda da Eletropaulo para a Enel, ocorrida em abril.
Os volumes financeiros não são analisado nesse contexto em decorrência de apresentarem negócios muitas vezes sem a divulgação dos valores acertados. Mas, avaliou o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra, por apresentarem tiquetes elevados, estão entre as cinco e 10 maiores dentre os 43 setores da economia que são analisados.
Em sua análise, Coimbra, diz que é possível de se alcançar os mesmos volumes de negócios do ano passado que somaram 42 operações no setor de energia. Isso porque há diversos ativos no mercado. Ele aponta negócios em fontes renováveis, pelo menos outras três distribuidoras, sendo duas da Eletrobras, bem como as SPEs que a estatal prevê vender ao final de setembro, e ainda, o leilão da Cesp, para citar alguns.
“Se tivermos essas transações efetivadas é capaz de registrarmos um novo recorde de negócios”, comentou. “Há muitos negócios no mercado, o problema agora é que entraremos naquela oscilação causada pelo efeito político, a incerteza afasta um pouco o investidor, acaba sendo complexo fechar um preço para um ativo e ainda mais com o dólar subindo. Ao mesmo tempo temos candidatos com declarações de rever processos e contratos, esse cenário não ajuda no processo de M&A”, apontou.
Apesar desse aspecto, comentou ele, o cenário de longo prazo continua favorável. Ele relatou que tomando como base o movimento de consultas à KPMG é possível afirmar que o mercado continua aquecido, um movimento que já vem nesse sentido desde meados do ano passado. “Qualquer impacto que ocorrer será visto a partir do quarto trimestre a depender do que ocorrer na política e da agenda que o próximo governo a assumir o país tiver”, destacou Coimbra ao avaliar que os investidores poderão assumir uma postura mais conservadora e esperar para ver se as previsões do novo governo se confirmam antes de voltar às atividades normais do setor.
Segundo a KPMG, entre as 17 transações registradas no primeiro semestre do ano, seis delas foram domésticas, enquanto quatro envolveram empresas estrangeiras adquirem empreendimentos de brasileiros estabelecidos no Brasil. Uma operação que envolveu empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior. Duas outras de empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de companhia estabelecida no Brasil. E ainda, três de organização de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil e uma de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior.