O consumo de eletricidade chegou a 37.894 GWh no mês de julho, o que representou um aumento de 1,4% do que o consumido em julho do ano passado. Dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica publicada pela Empresa de Pesquisa Energética mostram que o região Centro-Oeste foi a que teve maior aumento no consumo, de 3,2%, enquanto no Sul houve crescimento de 2,4%, seguido pelo Nordeste, com 2,2% e o Sudeste, com 2%. A única região a apresentar variação negativa foi a Norte, que caiu 7,6%.
De acordo com a EPE, o consumo de 14.170 GWh na classe industrial mostrou uma subida de 0,5% na comparação com julho de 2017. O crescimento se deu em cima de uma estabilidade de julho de 2017, não sendo da mesma intensidade que o progresso dos meses anteriores ao da greve dos caminhoneiros. O segundo semestre será importante para avaliar de fato a intensidade da recuperação do consumo da classe em 2018, já que o período em questão pode ser uma base mais alta que a do ano passado. O segmento de Papel e Celulose foi o que mais cresceu, com 7,2%, no embalo da produção de papel e celulose no estado do Paraná; o automotivo, subiu 6,8%, enquanto o Químico teve aumento de 6,7%. O setor têxtil teve recuo de 3,9% e o de extração de minerais metálicos, 2,4%.
Na classe residencial, o consumo cresceu 2,1%, com demanda de 10.643 GWh. Cerca de 60% do aumento de 214 GW veio da região Sul, com subida de 4,9% no consumo e da região Centro-Oeste, que cresceu 7%. As temperaturas no Rio Grande do Sul (7,3%) e em Santa Catarina (4,8%) foram mais baixas, o que levou a mais uso da eletricidade para aquecimento. Já no Mato Grosso do Sul e em Goiás, com aumentos de 11% e 9%, a alta nas temperaturas levou a maior consumo. Segundo a EPE, o nível de ocupação nessas regiões é mais alto que na média do país, o que favorece o consumo residencial. A massa de rendimento está estagnada e as famílias se sentem inseguras quanto a economia.
O consumo comercial ficou 6.734 GWh, mostrando um aumento de 1,2%. Altas no comércio varejista e nos serviços levaram ao resultado. No Sudeste, o crescimento de 2,5% no Rio de Janeiro e de 1% em São Paulo mostra o bom desempenho do comércio. No Rio, os eletrodomésticos puxaram as vendas, enquanto em São Paulo foram os combustíveis e lubrificantes. No Nordeste, a Bahia puxou o consumo, com aumento de 5,6% e calor de mais de 28º C em mais de 23 dias no mês.