A CPFL Paulista contabilizou que 660,3 mil clientes ficaram sem energia por conta de interrupções provocadas por pipas, no período de janeiro a julho de 2018. O número é 44,7% menor em relação ao mesmo período de 2017, quando 1,1 milhão clientes tiveram o fornecimento interrompido por conta deste fator.

O levantamento realizado pela área operacional da concessionária mostra que foram registradas 2.810 ocorrências no período por conta de pipas nos 234 municípios abastecidos pela distribuidora. Em média, cada interrupção deixou 234 clientes sem energia por 2h14.

Os dados ainda mostram uma queda de 40,3% na quantidade de ocorrências em relação ao mesmo período de 2017, quando foram registradas 4.707 interrupções por conta do brinquedo. Por sua vez, o tempo que os consumidores passaram sem energia cresceu 3,8% de janeiro a julho, uma vez que, em 2017, a média de suspensão do fornecimento foi de 2h14. Somadas todos os casos, o passatempo infantil provocou 6.276 horas acumuladas de falta de energia em 2018.

Entre as 10 cidades com maior número de consumidores atendidas pela CPFL Paulista, Campinas, Ribeirão Preto e Sumaré lideram as interrupções de energia, com 453, 177 e 158 casos, respectivamente. São Carlos, por sua vez, lidera o ranking de duração média das interrupções com 2h53, seguida por Franca, com 2h45.

A interrupção do fornecimento de energia por conta das pipas pode ocorrer por diversas razões. Além do risco de rompimento dos cabos, as linhas que ficam enroscadas nas redes elétricas provocam desgastes nos fios, podendo levar a curtos-circuitos e derretimento. No ano passado, a companhia investiu R$ 263,9 milhões em melhoramentos e reforço da rede elétrica de toda a área de concessão, contribuindo para minimizar o impacto das pipas.

Os meses de janeiro e julho, período de férias escolares, registram historicamente aumento significativo de ocorrências com pipas na área de concessão da distribuidora. “O Grupo CPFL está comprometido com a segurança da população e, por isso, relançamos a Campanha Chega de Choque. Reforçamos, principalmente nas férias, a necessidade do acompanhamento e instrução de pais e responsáveis no uso do brinquedo”, afirmou o gerente de Saúde e Segurança da CPFL Energia, Marcos Victor Lopes. Ele ressaltou também que os acidentes causados pelas pipas poderiam ser evitados caso fossem adotados cuidados simples, como escolher locais longe da fiação elétrica, em campos abertos e parques com áreas planas.