fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
O leilão A-6 realizado na última sexta-feira, 31 de agosto, mostrou a consolidação no país da EDF Renewables, subsidiária da francesa EDF para energias renováveis. A empresa viabilizou os complexos de Ventos da Bahia 3 (128,8 MW) e Ventos de São Januário, ambos na Bahia. Somados a usinas eólicas que ela já tem em operação e construção e com empreendimentos da fonte solar, ela alcança cerca de 1 GW em projetos em três anos e meio no Brasil. De acordo com Paulo Abranches, CEO da EDF Renewables no Brasil, o leilão foi um sucesso para a empresa, em linha com a expectativa dela de volume e a marca de 1 GW veio mais rápido que o esperado. “Para nós foi um sucesso, um bom leilão”, afirma.
Quanto ao preço, o executivo esperava um preço um pouco mais alto. Aspectos como a desvalorização do real, e o risco do contrato por quantidade indicavam na visão dele um aumento de até R$ 30 no valor. Segundo ele, a mudança no tipo de contrato traz um custo para a energia vendida. “Como a energia eólica já é um produto consolidado com players sérios e o preço está competitivo, talvez seja o momento de fazer essa alteração e isso vai trazer uma complexidade maior para aferir o risco e a precificação desse risco”, observa
A EDF Renewables tem a intenção de antecipar a entrada em operação para vender energia no mercado livre. Para 2019, Abranches não descartou que a EDF Renewables volte a participar dos certames tanto em eólica quanto em solar, mesmo com muitos projetos em construção. “A gente está sempre olhando oportunidades, tanto de leilão quanto do mercado livre, de eólica ou solar”, avisa.
Outra empresa que se sagrou vencedora no leilão, a Voltalia, que vendeu 60 MW med, vai construir Ventos da Serra do Mel 2, localizado no cluster de Serra Branca, no Rio Grande do Norte. A empresa pretende começar a operação das usinas eólicas no segundo semestre de 2020, mais de três anos antes do prazo contratual, em 2024. O volume de energia gerado antes do começo do contrato será vendido no mercado livre. Com o êxito no leilão, a meta da empresa de 1 GW eólico no país em 2020 será cumprida.
Para o diretor geral da Voltalia no Brasil, Robert Klein, a abordagem industrial da Voltalia, através do desenvolvimento de um cluster de produção em larga escala, é fundamental para apresentar os projetos mais competitivos, beneficiando-se de custos marginais mais baixos. Segundo ele, o cluster continuará a ser desenvolvido com a possibilidade de cada novo projeto pertencer à Voltalia ou ser vendido a investidores de terceiros.
No leilão, a Rio Energy comercializou quatro eólicas do complexo Serra da Babilônia, na Bahia, com preço de R$ 88,46/ MWh. Com 84,6 MW de potência, ele tem garantia física de 39 MW med. Na previsão divulgada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, os investimentos chegam a R$ 255 milhões.
Uma das maiores desenvolvedoras do setor eólico brasileiro, a Casa dos Ventos, também se saiu vitoriosa no leilão. Ela vendeu energia do complexo Ventos de Santa Martina (58,8 MW), no Rio Grande do Norte e eólicas na Bahia, no mesmo complexo em que a EDF vai desenvolver seu parque, Ventos de São Januário. Segundo a Casa dos Ventos, as eólicas potiguares entram em operação em 2021 e as da Bahia, em 2020.