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A Engie pretende lançar até o final do ano o início das vendas de um projeto que intitulou comunidade solar para explorar a GD solar fotovoltaica. Esse será o primeiro projeto da empresa dedicado a auto consumo remoto tanto para o segmento B2B quanto para o consumidor final. A ideia é fornecer parcelas de um projeto solar de 2 MW de capacidade instalada que deverá ficar pronto até meados de 2019.

De acordo com o diretor comercial da Engie, Gabriel Mann, esse modelo comercial difere dos que a empresa está acostumada a ter em seu portfólio. Por isso, servirá como um piloto para testar a atratividade desse produto ao mercado. Por enquanto, disse o executivo, as vendas estão restritas à área de concessão da Cemig, até porque o modelo regulatório ainda não permite a compensação entre diferentes distribuidoras. O projeto estará localizado na cidade de Pompéu que fica na região central de Minas Gerais.

“Nossa meta é atacar aquele mercado que não dispõe de um telhado para instalar seu sistema de geração distribuída por meio da solar fotovoltaica. Pode ser uma rede de lojas que aluga um local e não quer investir naquele ponto”, exemplificou ele. “Vamos lançar as vendas até o final do ano e a operação está planejada para ocorrer em meados do ano que vem”, apontou.

A geradora quer avaliar a aceitação desse modelo para lançar mão de novos projetos que já estão em seu pipeline de projetos. Essa modalidade de negócio, avaliou ele, ainda poderá ganhar um importante incentivo caso a revisão da Resolução Normativa no 482/2012 da Aneel realmente aprove a compensação de energia entre as distribuidoras, como está previsto para ser debatido no ano que vem por meio de uma audiência pública a ser aberta pela agência reguladora e entre em vigor no segundo semestre de 2019.

“Com a revisão esse é um modelo que pode ser ampliado a todo o país”, avaliou Maan. “Estamos confiantes com esse modelo, vamos testar a aceitação do mercado e fazer mais projetos, pois temos outros já engatilhados”, acrescentou.
O foco da empresa em GD está na solar fotovoltaica, explicou Mann. A geradora, lembrou ele, está com um projeto em parceria com as federações de indústrias dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso para fornecer sistemas às pequenas e micro indústrias nesses três estados, em parceria com a Weg.

Essa atuação, continuou Mann, vem da expectativa da continuidade do crescimento exponencial dessa fonte para quem atua em baixa tensão e que não podem acessar o ACL.  Ao mesmo tempo, indicou, a Engie projeta atender não somente as empresas, mas os consumidores finais com essa parceria, em princípio, seriam os empregados dessas federações e das empresas atendidas pelo programa.

“Entramos no segmento em 2016 com a aquisição da Araxá que tinha à época cerca de 100 clientes e 2 MW em capacidade. Hoje estamos com 2 mil clientes e 30 MW em vendas”, revelou. A Engie, continuou o executivo, atua desde a engenharia até no auxilio da busca por financiamento para o cliente, sejam os recursos originados de bancos de fomento ou comerciais, onde o cliente pode pagar as parcelas aos bancos ou à empresa com a economia na conta de luz.

Mann afirmou que essa modalidade de comercialização de energia se mostra atrativa e que a empresa já está em conversas para formar outras parcerias nesta mesma fórmula, a qual ele classificou como interessante para aproximar-se dos consumidores. E que tende a expansão ao passo que os custos caem e o retorno desse investimento se reduz cada vez mais.

Varejista

Ainda para o final do ano a Engie espera ter seu primeiro contrato da comercializadora varejista fechado. O fato de ainda não ter acordos com essa modalidade, quase um ano após sua habilitação para atuar neste segmento está refletida na questão do impasse acerca do risco de inadimplência. Contudo, disse ele, há uma meta de encerrar o ano com pelo menos um contrato. Ele não precisou quando esse acordo poderá ser assinado. Mas disse que espera que seja ainda em 2018 para atender à meta que possui.

“Estamos vendo como mitigar essa situação de uma eventual inadimplência e queremos passar a atuar mais forte no segmento. Até porque temos uma perspectiva de abertura do mercado com a CP 33 que levará ao incremento do comercializador varejista. Nossa meta é a de ter até o final do ano alguns clientes nessa modalidade. Estamos olhando para grandes redes como drogarias, bancos, empresas que possuem muitas unidades mas de forma pulverizada”, explicou.