O Brasil atingiu a marca de 350 MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída fotovoltaica em residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a fonte baseada na conversão direta dos raios solares em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com mais de 99,4% das instalações do país.

Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 76,7% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,1%), consumidores rurais (3,8%), indústrias (2,5%), poder público (0,8%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).

Em potência instalada, os consumidores dos setores de comércio e serviços lideram o uso da energia solar, com 43,3% da potência instalada no território nacional, seguidos de perto por consumidores residenciais (37,4%), indústrias (9,2%), consumidores rurais (6,5%), poder público (3,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,4%) e iluminação pública (0,02%).

De acordo com a Absolar, o Brasil possui hoje 37.107 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental a 44.727 unidades consumidoras e somando mais de R$ 2,5 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões. O Estado de Minas Gerais lidera o ranking nacional, com 22,10% da potência instalada, seguido pelo Rio Grande do Sul (14,16%), São Paulo (12,63%), Santa Catarina (7,09%) e Paraná (5,43%).

O presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, ressaltou que o crescimento é impulsionado por três fatores principais: a forte redução de mais de 75% no preço da energia solar ao longo da última década; ao forte aumento nas tarifas de energia elétrica dos consumidores brasileiros, pressionando o orçamento de famílias e empresas; e o aumento no protagonismo e na responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais dispostos a economizar dinheiro e ajudando, simultaneamente, a preservação do meio ambiente.

Koloszuk se mostra otimista em relação ao avanço para a fonte no Brasil, com a certeza de crescimento do setor nos próximos anos e décadas. “Com mais de 82 milhões de unidades consumidoras e um interesse crescente da população, das empresas e também dos gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e coberturas para gerar energia renovável localmente a partir do sol, estamos economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos locais e qualificados”, comentou Koloszuk.

Para o CEO da Absolar, Dr. Rodrigo Sauaia, o país tem excelente recurso solar e possui condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. Levantamento realizado pelo Ibope Inteligência em 2018 apontou que 9 em cada 10 brasileiros quer gerar energia renovável em casa. “Além disso, pesquisas realizadas pelo Ibope Inteligência em 2018 e 2017, pelo Datafolha em 2016 e pelo DataSenado em 2015 comprovaram que a fonte fotovoltaica conta com amplo apoio de mais de 85% da população brasileira”, ressaltou Sauaia.