A Cemig abriu as inscrições para o edital de compra de energia alternativa, que será realizado em leilão que acontecerá em 4 de outubro por até 20 anos. Podem se inscrever empreendedores que queiram negociar a produção futura de usinas eólicas e solares, incluindo empreendimentos habilitados nos leilões de venda de energia nova promovidos pelo Ministério de Minas e Energia em 2018.
Em junho passado, o primeiro leilão nos moldes do governo federal para compra de novas usinas foi feito pela empresa, que superou as expectativas, com quase 200 empreendimentos inscritos e um total de 431 MW de energia contratada, com início em janeiro de 2022 e término no final de 2041.
De acordo com o superintendente de Compra e Venda de Energia no Atacado da Cemig, Marcos Aurélio Alvarenga Pimentel Júnior, a compra da produção dessas usinas renováveis para revenda aos clientes é interessante para a companhia, que não precisa fazer investimentos em novos projetos de geração de energia visando manter a liderança no mercado incentivado.
“Com a redução de seu parque gerador, a Cemig passou a atuar muito intensamente na compra de energia de outros agentes, ampliando seu portfólio de contratos de compra. Ao mesmo tempo, manteve forte a sua atuação na ponta de venda, não só mantendo os compromissos assumidos anteriormente, mas ainda ampliando sua participação nesse mercado”, comentou.
Para esse certame, os interessados devem ter habilitados tecnicamente seus projetos junto à Empresa de Pesquisa Energética durante este ano ou cumprir exigências mínimas, como ser um gerador com ao menos 1 GW em capacidade instalada ou um agente com capital social mínimo de R$ 500 milhões.
Marcos Aurélio Pimentel Júnior destacou ainda que a distribuidora está sempre estudando e avaliando situações para garantir a liderança da empresa no mercado livre de energia. Para a mitigação do risco de falha ou atraso no desenvolvimento desses empreendimentos, foi decidido que apenas propostas habilitados nos leilões de venda de energia nova promovidos pelo MME neste poderiam participar. Assim, os projetos que não tiveram sucesso nos leilões, mas que passaram pelo processo de habilitação, foram elegíveis para participar, reduzindo o risco de sua não implantação em função da seleção já realizada pelo ministério.