O governo deve remarcar para a segunda quinzena de outubro o leilão de venda da Amazonas Energia, para cumprir o prazo de transferência de controle da empresa até o fim do ano, quando termina o prazo de administração temporária pela Eletrobras. A expectativa é de que a data oficial do certame seja definida oficialmente em reunião na tarde desta quarta-feira, 19 setembro, no Ministério de Minas e Energia.

“Tem que sair uma sugestão de data, até porque a gente tem a prorrogação do prazo de designação até 31 de dezembro”, afirmou hoje o presidente da estatal, Wilson Ferreira Jr, em conversa com jornalistas. Pelas contas do executivo, o ideal é que o leilão aconteça com pelo menos 70 dias de antecedência da nova data-limite aprovada em assembleia geral de acionistas da estatal.

Ferreira Jr, que deve participar da reunião da tarde, destacou que a decisão será tomada pelo BNDES de forma coordenada com o MME. Ele disse que já concluiu algumas transferências de controle em prazo inferior a 90 dias, que é o máximo recomendado pelo banco.

“Na Celg, nos fizemos em 70 [dias]. A gente está indo muito bem no caso da Cepisa, e é possível que eu faça até em menos tempo. Então, eu tenho que calibrar isso aqui na medida do possível com o prazo terminando em 31 de dezembro”, afirmou, após sair de reunião  no ministério sobre Itaipu.

O governo conseguiu vender a Cepisa (PI) em 26 de julho e as distribuidoras Eletroacre , Ceron (RO) e Boa Vista Energia (RR) em 30 de agosto, mesma data prevista inicialmente para a Amazonas. O leilão da distribuidora foi, no entanto, remarcado pelo BNDES para 26 de setembro, e, com o adiamento da votação no Senado do projeto de lei que facilita a privatização das distribuidoras Eletrobras, a nova data possível ficou para depois do primeiro turno das eleições. Além da Amazonas, resta ainda a Ceal (AL), que teve sua privatização suspensa por liminar, em disputa entre o governo de Alagoas e a União.