Os vencedores do leilão de transmissão realizado no último dia 28 de junho assinaram os contratos de concessão nesta sexta-feira 21 de setembro, em cerimônia no Palácio do Planalto. No certame foram contratados 20 lotes de projetos com mais de 2.562 km de linhas a serem construídas em 16 estados, com investimentos previstos de R$ 6 bilhões.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, André Pepitone, destacou durante a cerimônia que o leilão foi realizado em um ambiente de alta competitividade, e o resultado reflete a consistência do sinal regulatório. “As empresas que hoje vão assinar o contrato de concessão assumem um compromisso valioso: tornar o nosso sistema de transmissão ainda mais robusto”, disse Pepitone.
Os 20 lotes ofertados foram arrematados no certame, que teve deságio médio de 55,26% em relação à receita teto estabelecida para cada empreendimento. As instalações ficarão localizadas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os prazos de conclusão vão de 36 a 63 meses.
Também em discurso, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, voltou a mencionar os subsídios que pesam sobre a conta de energia elétrica do consumidor. Ele reclamou da complexidade da conta de luz e defendeu a modernização do setor. “O modelo do setor elétrico brasileiro envelheceu. Temos que trazê-lo para as condições de hoje”, disse.
O presidente Michel Temer frisou que, com a assinatura dos contratos, o governo está colhendo os frutos do esforço de racionalização e mostra o acerto das medidas. Temer citou o interesse de empresas nacionais e estrangeiras nos projetos de transmissão e afirmou que o deságio do leilão vai levar a tarifas mais baratas.