A Eletrobras foi pega de surpresa com a decisão da chinesa Shanghai Electric em desistir de formalizar a parceria pelos ativos do Lote A da Eletrosul. A empresa não apresentou argumentos que justificassem a decisão de não apresentar as garantias exigidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica para que o aditivo que transferiria a concessão para o consórcio SZE fosse assinado.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, comentou nesta quinta-feira, 27 de setembro, que havia a expectativa de que o acordo fosse formalizado. Tanto que, lembrou o executivo, equipes da estatal estavam na China pela terceira vez este ano para viabilizar a transação. Inclusive, a Eletrosul havia recebido outras intenções de interessados nos projetos mas que respeitaram o direito de exclusividade com a chinesa.
Agora, destacou o executivo da Eletrobras, a empresa deverá buscar os recursos que já gastou no processos de licenciamento para o lote A. “Já temos 39 licenças das 44 exigidas e fizemos investimento para termos esses documentos, evidentemente, vamos buscar a recuperação desses gastos”, destacou ele sem indicar o volume de aportes já realizados pela companhia. Além disso acrescentou, a empresa deverá respeitar a decisão do poder concedente já que a Aneel recomendou a caducidade da concessão na última reunião de diretoria, realizada em 25 de setembro.