O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou nesta quinta-feira, 27 de setembro, o Finame Energia Renovável. A linha de crédito irá apoiar investimentos em renováveis vai ter dotação inicial de R$ 2 bilhões e vai permitir que pessoas físicas, condomínios, empresas, cooperativas e produtores rurais consigam financiar até 100% do montante aplicado nos equipamentos. O prazo para pagamento é de até 120 meses e a carência é de até 2 anos. O lançamento desse novo Finame já havia sido adiantado pela Agência CanalEnergia em agosto.  Na cerimônia de lançamento, o presidente do banco, Dyogo Oliveira, ressaltou o olhar do crédito para a pessoa física. “Essa linha tem a atenção voltada para as pessoas, um relacionamento do BNDES para o cidadão”, afirma.

Presente à cerimônia de lançamento, o presidente Michel Temer também ressaltou a vertente social do banco, lembrando que o social foi incorporado ao nome do BNDES depois da sua fundação. Temer também frisou o aspecto ambiental, em que pessoas físicas e microempreendedores poderão contribuir com a redução de emissões. Para as MPMEs, a taxa final pode ficar em 1,3% ao ano. A aprovação é feita através da plataforma BNDES Online. Já em funcionamento, o alvo são sistemas de energia solar de até 375 kW e de energia eólica de até 100 kW, além de aquecedores de água por meio de placas coletoras.

O BNDES também lançou outra linha de R$ 228 milhões para a expansão de renováveis para que pessoas físicas e microempresas tenham financiamento para instalações de energias renováveis. Os recursos da linha são originados do Fundo Clima. Nessa linha, o diferencial é a redução da taxa de juros e a abertura para pessoas físicas microempresas. Quem tem renda de até R$ 90 mil anual terá juros de 4%. Para os que possuem renda acima desse valor, a taxa será de
4,5%. O prazo para amortização também é de até 12 anos e a carência vai de 3 meses até dois anos. A expectativa é que a linha movimente o mercado e sejam instalados até 18 mil painéis fotovoltaicos, com foco nas propriedades rurais.

O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, comemorou o crédito e revelou que está em estudos a liberação de uma outra linha de crédito, desta vez de R$ 170 milhões. Uma outra linha com recursos do Fundo Clima de R$ 220 milhões já havia sido liberada antes. “Vamos fomentar uma nova economia, novos negócios de baixo carbono e aquecer o mercado”, prometeu.