A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu, pela primeira vez, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ à Energisa Tocantins e à Energisa Sul Sudeste, ambos com Perspectiva Estável. Ao mesmo, a agência atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ às propostas de emissão de debêntures, num total de R$ 1,1 bilhão relativo a sete subsidiárias da Energisa. As emissões serão realizadas em séries únicas, da espécie quirografária, com vencimento final em 2025. Os recursos serão utilizados para reembolsos ou execução de investimentos das emissoras.
Os ratings das subsidiárias refletem a visão consolidada da Energisa e já incorporam as recentes aquisições de duas concessionárias de distribuição, a Ceron e a Eletroacre. A agência vê o grupo com um histórico positivo em processos de turnaround e que poderá melhorar o fraco desempenho operacional e o EBITDA negativo de ambas as empresas, além de contar com ganhos de sinergia e de revisões tarifárias extraordinárias em 2019 para apresentar, gradativamente, indicadores consolidados de crédito em linha com a classificação atual até o fim de 2021, apesar da projeção de Fluxo de Caixa Livre (FCF) negativo para os próximos três anos.
O perfil de liquidez do grupo deve permanecer robusto, com base nos saldos de caixa, no alongado perfil de vencimento da dívida e na sua forte flexibilidade financeira. Em sua avaliação, a Fitch incorpora o risco de negócio de baixo a moderado do segmento nacional de distribuição de energia, o que é parcialmente mitigado pela diversificação de ativos da empresa, uma vez que esta conta com 11 concessões no país. A agência acredita que as garantias prestadas pela Energisa, em parte da dívida de suas subsidiárias, inclusive nestas emissões de debêntures, e as cláusulas de inadimplência cruzada equalizam os ratings de todas as companhias classificadas.
A análise incorpora, ainda, o moderado risco regulatório do setor brasileiro de energia e o risco hidrológico atualmente acima da média. Os IDRs em Moeda Estrangeira atribuídos à holding e para algumas de suas subsidiárias estão limitados em ‘BB’ pelo teto-país do Brasil.