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O último mês oficial do período seco no país começa com previsão de vazões abaixo da média histórica em todos os submercados. As projeções iniciais do Operador Nacional do Sistema Elétrico divulgadas no Programa Mensal de Operação indicam que no Sudeste/Centro-Oeste a energia natural afluente deverá ficar em 78% da média de longo termo. Já no Sul é esperado um volume de 64%, um pouco abaixo dos 69% do Norte, enquanto no Nordeste é de 43% da MLT para o fechamento do mês.
A visão do ONS para a demanda no país no próximo mês é de um crescimento de 1,5% quando comparado ao mesmo período de 2017. Se a previsão confirmar-se representará carga de 67.426 MW médios. Em princípio é estimado crescimento de 2% no SE/CO, de 3% no Sul e de 0,3% no NE. Enquanto isso no Norte ainda é esperada queda de demanda, dessa vez em 3,5% volume este influenciado por apenas um consumidor livre conectado à Rede Básica.
Segundo a análise do ONS, o cenário do mercado externo e as incertezas tanto econômica quanto a política têm impactado o comportamento da carga do SIN. E continua ao afirmar que apesar do processo de recuperação gradual da economia é possível observar que o ritmo dessa retomada está aquém do esperado. “Em contrapartida com a configuração do fenômeno El Niño no próximo trimestre espera-se a ocorrência de temperaturas elevadas, acima da média histórica, nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul”.
De acordo com dados do Operador a energia armazenada no maior submercado nacional, o SE/CO começa o último mês do período seco com 23,4%, queda de 4,6 pontos porcentuais ante o início de setembro. No Sul o nível é de 48%, elevação de 7,4 p.p quando comparado com o mês passado. No NE a variação é negativa em 3,2 p.p, chegando a 28,9% e no Norte a previsão de início é de 42,1%, queda de 11,4 p.p.
Já para o fechamento do mês de outubro é esperada a continuidade do deplecionamento dos reservatórios ao longo do mês. De partida a expectativa é de chegar em 31 de outubro com volumes de 17,9% no SE/CO, 44,4% no Sul, 24,7% no NE e de 30,2% no Norte.
Mesmo com esses números o Custo Marginal de Operação recuou ante o valor da semana passada. A primeira semana operativa de outubro está em R$ 387,03/MWh em todos os submercados. Há a equalização dos valores em todas as regiões nos patamares de carga pesado e médio em R$ 390,54/MWh e em R$ 380,86/MWh no leve.
O volume de geração térmica semanal é de 11.083 MW médios entre os dias 29 de setembro e 5 de outubro. São 6.220 MW médios por ordem de mérito, 4.216 por inflexibilidade e 647 MW médios por garantia energética. Segundo o ONS, há previsão da importação de energia por ordem de mérito do Uruguai, serão 450, 500 e 550 MW médios nos
patamares pesado, médio e leve, respectivamente. Além disso, acrescentou o ONS houve oferta de importação de energia da Argentina, havendo previsão de importação, por garantia energética, de até 1.250 MW médios em todos os patamares de carga.
Na semana operativa que se inicia neste sábado, deve ocorrer chuva fraca a moderada na bacia do rio Jacuí e chuva fraca nas demais bacias hidrográficas da região Sul. Há previsão de chuva fraca nas bacias dos rios Tietê e em pontos isolados do Grande e Paranaíba.
Entre os destaques do PMO para o mês de outubro, o ONS apontou a atualização de limites entre subsistemas devido a antecipação do cronograma de operação do novo eletrodo de terra do 2º bipolo do Madeira. Essa atualização envolve ajustes nos limites do Fluxo Norte-Sudeste e do Intercâmbio Sul-Sudeste, além das restrições associadas ao escoamento da geração das UHEs Jirau, Santo Antônio, Teles Pires e São Manoel. “Destaca-se que não há mais restrição de escoamento para a energia proveniente do rio Madeira, a partir de fevereiro/2019”.