A agência de classificação de risco S&P Global Ratings reafirmou os ratings ‘BB-’ na escala global e ‘brAAA’ na Escala Nacional Brasil atribuídos à EDP Espírito Santo, ambos com perspectiva permanecendo estável. O perfil de crédito individual da empresa é ‘bb+’, permanecendo inalterado. Ao mesmo tempo, a EDP São Paulo teve seu rating ‘brAAA’ reclassificado na Escala Nacional Brasil, também com perspectiva estável.
A avaliação reflete a visão da S&P de que os ratings brasileiros limitam aqueles atribuídos a ambas as empresas. As distribuidoras apresentam uma probabilidade apreciável de seguir o Brasil em um cenário hipotético de default do governo soberano, dada a natureza regulada das mesmas. Portanto, as companhias poderão, em última instância, estarem sujeitas a controles tarifários, com a agência acreditando que a arrecadação de receitas e a disponibilidade de crédito a elas poderiam ficar comprometidas. Além disso, a empresa controladora, EDP Energias de Portugal, pode não ter incentivos para dar suporte às subsidiárias brasileiras, no caso de um cenário hipotético de default do governo soberano.
A análise dos ratings é baseada nos números consolidados da EDP Brasil, dada a visão da S&P de que o grupo adota uma estratégia financeira integrada e administra ativamente as operações de suas subsidiárias. A agência espera que a empresa mantenha um índice de dívida sobre EBITDA abaixo de 3,0x e de FFO sobre dívida acima de 20%, enquanto os fluxos de caixa livres devem seguir negativos, em razão dos seus consideráveis investimentos nas distribuidoras e de sua entrada no segmento de transmissão.
A perspectiva é de que grande parte dos investimentos de R$ 3 bilhões em transmissão ocorra em 2019 e 2020 e, principalmente, que seja financiada por meio de dívida. Contudo, o grupo tem um histórico comprovado de entregar seus projetos dentro do orçamento e antes do cronograma original, dados seu planejamento satisfatório e capacidades de execução.
A previsão é de que atividades de transmissão gerem um fluxo de caixa estável previsível à EDP Brasil tão logo iniciem essas operações. A agência estima que as linhas de transmissão representem cerca de 20% do EBITDA consolidado do grupo.