O consumo de energia no país teve queda de 0,6% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, alcançando 60.876 MW no Sistema Interligado Nacional – SIN. É o que apontam os dados preliminares de medição compilados entre os dias 1º e 30 de setembro pela CCEE, e publicado em seu boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

De acordo com o levantamento, o Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo) apresentou queda de 2,2% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo ainda registraria decréscimo de 1,1%.

No Ambiente de Contratação Livre – ACL, houve registro de aumento no consumo em ambos os cenários. Ao incluir as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 3%, enquanto sem a migração, o índice seria 0,5% superior na comparação com setembro de 2017.

Dentre os ramos da indústria avaliados pela entidade, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos, químicos e minerais não-metálicos foram os segmentos com maior aumento no consumo, quando a migração é desconsiderada, com 12%, 7,8% e 4%.  Por outro lado, comércio e o setor têxtil apresentaram os maiores índices de retração dentro do mesmo cenário sem migração, com 5,3% e 4,5%.

O Boletim da CCEE também apresenta estimativa da produção das hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, equivalente a 56,74% de suas garantias físicas, ou 37.021 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 67,41%.