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As tarifas de energia devem ter variação média positiva de 1,57% em 2019, quase dez vezes a menos do que o reajuste médio previsto para este ano, de 15,1%. As projeções da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia, levam em conta os dados de 38 distribuidoras, ou 98% do mercado e valem para consumidores de todos os grupos tarifários. O diretor comercial da TR Soluções, Helder Sousa, fez apresentação a respeito no 7º Encontro Nacional de Consumidores Livres.

Nos cálculos relativos às tarifas deste ano foram considerados tanto as empresas que já passaram por evento tarifário (reajuste ou revisão), como Light, Enel RJ, Cemig e Eletropaulo, como distribuidoras que ainda vão passar pelo processo, como CPFL Piratininga, EDP SP, EDP ES e CEEE.

Há cerca de um mês, as projeções indicavam que as tarifas teriam redução média de 0,61% no ano que vem. A mudança na tendência se deve principalmente a variações muito significativas nas previsões de Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) (atualizadas conforme o deck do Newave de setembro de 2018), atualização das projeções mensais de déficit de garantia física das hidrelétricas (GSF), conforme apresentado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) no InfoPLD de setembro, e variação cambial.

Os cálculos também consideram a revisão do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) deste ano, que aumentou em R$ 1,9 bilhão. Apenas esse aumento, aprovado recentemente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), deve representar um impacto médio da ordem de 0,9 ponto percentual nos processos tarifários.

Os fortes reajustes neste ano estão ligados principalmente a quatro fatores. Em primeiro lugar está o repasse, para os consumidores, de custos de geração de energia que não foram cobertos com recursos das bandeiras tarifárias em 2017 mas que tiveram de ser antecipados, na época, pelas distribuidoras de energia; outros fatores são o aumento da CDE, as condições específicas das distribuidoras que passaram por revisões tarifárias, e o repasse, às tarifas, de custos de indenização de transmissoras por ativos instalados antes de 2000.

Quanto à 2019, a perspectiva de reajustes menos impactantes se deve principalmente ao término do pagamento, por parte dos consumidores, da maior parte dos empréstimos feitos às distribuidoras principalmente para cobertura de gastos extraordinários devidos à exposição ao mercado de curto prazo no ano de 2013 e 2014 (cerca de R$ 50 bilhões).

DE OLHO NO CELULAR E NA TARIFA DE ENERGIA

Atualizações de projeções desse tipo, para o ano em curso, poderão ser feitas, a partir de agora, por meio do aplicativo TR Soluções, que permite também o monitoramento da evolução das tarifas médias, com informações desde 2012.

As expectativas tarifárias para o ano em curso podem ser consultadas em separado para quatro regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste/Norte), enquanto as informações históricas estão disponíveis para cada uma das distribuidoras acompanhadas no aplicativo. Essas informações são gratuitas e calculadas por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), da empresa. O app é gratuito e está disponível para o sistema operacional Android e em breve para iOS.