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A Brametal tem investido pesado na criação de novos produtos e na ampliação de sua capacidade de produção em função da alta demanda gerada pelo setor de linhas de transmissão no Brasil. Após entregar 80 mil toneladas em aço nos anos de 2016 e 2017, a empresa deve fechar o ano com 110 mil toneladas de estruturas metálicas fornecidas para o mercado brasileiro e internacional. Para o próximo ano, a companhia está se preparando para produzir 144 mil toneladas.
“Mesmo com o Brasil passando por momentos difíceis, resolvemos investir. Estamos na contramão de todos para nos preparar para o que virá de investimentos em infraestrutura”, disse o diretor de Comercial e de Marketing da Brametal, Alexandre Schmidt.
A companhia já contava com duas fábricas: uma em Linhares, no Espírito Santo, e outra em Criciúma, em Santa Catarina. Recentemente comprou uma unidade fabril de um concorrente em Minas Gerais. Em Linhares, a empresa investiu R$ 34 milhões para produzir torres metálicas monotubulares para atendimento aos mercados de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de telecomunicações. Esta é a mais moderna e informatizada fábrica de torres metálicas monotubulares do país.
A Brametal também começará a vender em 2019 torres metálicas treliçadas com 120 e 130 metros de altura, visando atender uma nova demanda do setor eólico brasileiro. Além disso, a empresa ainda produzirá estruturas metálicas fixas e móveis para o setor de energia solar fotovoltaica.
Com 60% de mercado, a Brametal está preocupada com o aumento dos custos do aço e, principalmente, do frete. “Nosso produto é entregue nos canteiros de obras de todo o Brasil. Quando o Governo resolveu tabelar o frete, isso teve um impacto no nosso negócio. Em algumas situações o frete aumentou 70%”, disse Schmidt. O câmbio e o aumento da alta demanda por aço também fizeram o preço da commodity subir 40% em 2018 e a expectativa é que haja um novo aumento em 2019.
Para o próximo leilão de transmissão, previsto para 20 de dezembro, Schmidt espera um certame disputado como os anteriores. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ofertará 18 lotes com investimento estimado de R$ 13,5 bilhões no total. Os vencedores assinam contratos de concessão de 30 anos.