O volume de energia distribuída pela EDP apresentou um aumento de 4,2% no terceiro trimestre deste ano. Os índices foram de 2% na área de concessão que detém no estado de São Paulo e de 7,7% no Espírito Santo. No acumulado do ano, o volume expandiu 3,2%, sendo 3,3% na EDP São Paulo e 3,1% na EDP Espírito Santo. O número total de clientes aumentou 1,8% na comparação entre setembro de 2017 e de 2018.No total de energia foram 6,2 milhões de MWh nos três meses encerrados em setembro. No acumulado do ano soma 18,6 milhões de MWh.
Por classe de consumo no terceiro trimestres o residencial apresentou crescimento de 1,7%, o industrial de 3,5% – sendo expansão de 5,9% no livre  queda de 7,2% no regulado -, aumento de 2,6% no comercial – 2,2% a mais no livre e 2,7% no cativo -, a classe residencial cresceu 15,6% e outros 10,5%. Já no ano os índices apresentaram curva ascendente de 1,9% no residencial, 3,6% no industrial, mesmo com a queda de 6,1% no mercado cativo, compensado pelo crescimento de 5,8% no ACL, e de 2,7% no comercial, resultado de expansão de 7,8% no livre e de 1,2% no cativo.
De acordo com o comunicado da EDP referente ao consumo do terceiro trimestre, no consolidado o segmento industrial é o responsável pela maior parte do fornecimento de energia com 48% do total, o residencial ficou com 23% da energia demandada e o comercial com 15%. Nas distribuidoras da empresa o perfil é levemente diferente com o industrial com 50% em São Paulo e 43% no Espírito Santo.
A companhia explica que no trimestre, o segmento de distribuição apresentou crescimento de 4,2% no volume de energia, resultado do crescimento de 2,5% da produção industrial no país, das condições climáticas (elevadas temperaturas e baixo volume de precipitação) nos dois estados e de ações para recuperação de receita. O número de clientes livres cresceu 16,1% nos últimos 12 meses, sendo 54 na EDP São Paulo e 59 na EDP Espírito Santo, em função das migrações dos clientes cativos para o mercado livre.
O volume de energia vendida pelas usinas hidrelétricas, conforme critério de consolidação, foi de 1.819 GWh, crescimento de 0,3%. A EDP atribui esse resultado ao maior volume de energia contratada na Enerpeixe (65 GWh) e em Lajeado Energia (30 GWh), referentes a contratos bilaterais e estratégia de sazonalização, que foram mitigados pelo menor volume contratado na Energest (68 GWh), com o término de alguns contratos. No acumulado do ano, o volume de energia vendida pelas usinas  foi de 5.203 GWh, queda de 0,4% decorrente principalmente do término de um contrato bilateral de energia em Santa Fé.
No trimestre, o GSF médio foi de 58,4%, exposição equivalente a 892,6 GWh ao PLD médio de R$ 494,40/MWh no submercado SE/CO. No acumulado do ano, o GSF médio é de 85,3%, exposição equivalente a 980,6 GWh ao PLD médio de R$ 331/MWh. Os ativos não consolidados apresentaram, no trimestre e no acumulado do ano, volume de energia vendida de 651 GWh e de 1.839 GWh, aumento de 93,9% e de 71,2%, respectivamente, decorrente da entrada em operação de São Manoel no primeiro semestre.
Já em termos de geração térmica a disponibilidade média da Usina de Pecém foi de 72,6%, devido a parada programada para manutenção da UG 2, que teve duração de aproximadamente 60 dias. No último trimestre do ano ocorrerá a manutenção da UG 1, conforme cronograma. A disponibilidade média acumulada foi de 89,3%, acima do fator de disponibilidade vigente. O volume atingiu 1.358 GWh no trimestre e 4.030 GWh no acumulado do ano.
A EDP reportou ainda volume de energia comercializada de 5.086 GWh e 13.568 GWh no trimestre e no acumulado do ano, respectivamente, aumentos de 1,1% e de 13,3%. Esses indicadores devem-se à volatilidade dos preços de mercado, que variaram entre R$ 122/MWh e R$ 505,20/MWh, associada à alta liquidez do mercado, beneficiando operações de tomada de posição long e short. E ainda, da maior alocação de energia dos agentes para o primeiro semestre, além do aumento do GSF no trimestre encerrado em setembro, gerando aumento da liquidez de curto prazo e maior volume de energia disponível no mercado, proveniente das descontratações de energia das distribuidoras ocorridas em 2017 através do MCSD ou acordos bilaterais. E destaca também o aumento no volume de energia vendida para os novos consumidores livres, reflexo das migrações dos clientes do mercado cativo para o mercado livre, bem como a estratégia de sazonalização de energia da comercializadora, utilizado para ajustar a curva de volume energético do ano.