A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apurou um crescimento de 2% no consumo nacional de energia elétrica, de acordo com dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de outubro. O consumo alcançou 62.339 MW médios no Sistema Interligado Nacional (SIN), contra 61.129 MW médios consumidos no mesmo período de 2017.
O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, apresentou aumento de 1% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento fosse desconsiderado, o consumo registraria crescimento de 2,1%.
No ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, há registro de aumento no consumo em ambos os cenários. Ao incluir as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 4,2%, enquanto sem a migração, o índice seria 1,6% superior na comparação com a primeira quinzena de outubro de 2017.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (9,2%), veículos (7,1%) e alimentícios (6%) foram os segmentos com maior aumento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, metalurgia e produtos de metal (-3,3%), transportes (-2,5%) e comércio (-1,6%) apresentaram os maiores índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.
Os dados constam no InfoMercado Semanal Dinâmico, que também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), em outubro, equivalente a 65,29% de suas garantias físicas, ou 41.718 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 75,97%.