A Agência Nacional de Energia Elétrica vai propor ao Ministério de Minas e Energia a extinção do contrato de concessão da linha de transmissão Rio Branco-Feijó-Cruzeiro do Sul, que seria construída pela Eletronorte no estado do Acre. A linha com 657 km de extensão foi arrematada pela estatal em leilão de 2013 e deveria ter entrado em operação comercial em janeiro de 2017.
A Eletronorte alegou dificuldades no processo de licenciamento ambiental, já que o projeto tem impactos sobre território indígena, além de problemas com as empreiteiras contratadas para a construção da linha e questionamentos judiciais em processos de licitação.
A estatal obteve a em 2015 a Licença de Instalação do trecho da linha que vai de Rio Branco a Feijó. Mesmo com a LI, as obras que atenderiam os municípios de Feijó e Tarauacá não foram iniciadas. Segundo a Aneel, o gasto anual com a operação de usinas termelétricas a óleo combustível para atendimentos às localidades é da ordem de R$ 172 milhões.
Para o trecho de Feijó a Cruzeiro do Sul, não foi emitida nem a Licença Prévia. Segundo a Aneel, a Eletronorte optou por um traçado que atravessa a Terra Indígena Campinas- Katukina, quando o projeto licitado previa originalmente um traçado fora daquele território.